FONTE: Chayenne Guerreiro, TRIBUNA DA BAHIA.
Vivendo nas praças e nos edifícios,
os pombos são aves que costumam fazer seus ninhos em telhados, forros,
caixas de ar condicionado, entre outros.
Símbolos da paz e frequentadores
assíduos de áreas onde existem a grande circulação de pessoas, onde costumam
serem sempre alimentados com migalhas de pão, as aves se tornam perigosas ao
oferecerem riscos a saúde das pessoas.
Em Salvador, eles podem ser encontrados em
locais onde o número de praças é grande. Bairros como o Centro Histórico, Campo
Grande, Dois de Julho e Comércio, são conhecidos pelo grande número de pássaros
que frequentam a região.
Mas existe também a possibilidade
de um morador de outro local, se deparar com um criatório
de pombos no telhado da sua casa. A contadora, Sandra Souza, viveu
essa situação.
“Quando me mudei de apartamento,
para casa, encontrei uma infestação de pombos. Minhas duas filhas eram
pequenas e viviam correndo pela varanda, que por mais que fosse limpa, foi bem
difícil de tratar. Tentei de tudo, coloquei tela, espantalhos, e nada. Até que
um dia eles foram embora e não voltaram mais,” conta Souza.
De acordo com o Ministério da Saúde, a grande
infestação das aves pode causar doenças, que em casos graves, podem deixar
sequelas ou até levar a morte.
”Entre as doenças que os pombos podem causas estão a
salmonelose, que é uma doença infecciosa provocada por bactérias. As
pessoas podem se contaminar ao ingerirem um alimento contaminado com as fezes
do animal. Existe a criptococose. Uma doença provocada por fungos que
vivem no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e é encontrado isolado
nos excrementos de aves, principalmente dos pombos. A histoplasmose, é
encontrada nas fezes dos pombos e dos morcegos e a contaminação ocorre pela
inalação. A ornitose é doença infecciosa provocada por bactérias. A
contaminação ao homem ocorre pelo
contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos. E por fim, a
meningite, umas das mais graves, que é a inflamação das membranas que
envolvem o encéfalo e a medula espinhal,” informa o órgão.
Até o momento foram confirmados 330
casos de meningites de todos os tipos, com 23 óbitos. No mesmo período de
2013, foram confirmados 542 casos com 46 mortes.
Até o momento foram confirmados 330 casos de
meningites de todos os tipos, com 23 óbitos. No mesmo período de 2013,
foram confirmados 542 casos com 46 mortes.
De acordo com o Ministério da
Saúde, medidas de
controle podem
evitar a infecção pelas doenças. Entre elas estão:
-- retirar ninhos e ovos;
-- umedecer as fezes
dos pombos com desinfetante antes de varrê-las;
-- utilizar luvas e máscara ou
pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza do local onde estão
as fezes;
-- vedar buracos ou vãos entre paredes,
telhados e forros;
-- colocar telas em varandas,
janelas e caixas de ar condicionado;
-- não deixar restos de
alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e gatos;
-- utilizar grampos em beirais
para evitar que os pombos pousem;
-- acondicionar corretamente o
lixo em recipientes fechados;
-- nunca alimentar
os pombos.
É importante lembrar que usar armas
de fogo, envenenamento ou capturar os animais são medidas proibidas. Quem tiver
com problemas com pombos, pode também entrar em contato com o Centro de
Controle de Zoonoses de Salvador, através do Disk Saúde, 160.
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