FONTE: Chayenne Guerreiro, TRIBUNA DA BAHIA.
“Cercas elétricas clandestinas podem levar a
óbito”, disse o especialista em eletricidade, Manoel Nascimento, atribuindo aos
dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade que revela que a cada dia uma pessoa no Brasil morre vítima de
eletricidade. Segundo dados do órgão, outras quatro sofrem por dia choque
elétrico dentro de sua própria casa.
De acordo com Nascimento, a cerca
ideal não deve oferecer risco a quem encostar nela. “Ela deve ter o que
chamamos de choque moral, que é aquele que possui alta voltagem e baixa
amperagem, é uma cerca pulsativa, por isso não queima e não deixa marcas. Além
disso, esse tipo de cerca não pode fazer com que animais ou pessoas fiquem
grudadas nela se vierem a encostar,” explica o especialista.
Em Salvador, o número de cercas elétricas cresce a cada dia. Para fazer esse tipo de serviço, é comum pessoas contratarem empresas desabilitadas para a instalação, o que aumenta o risco de descargas de alta tensão.
Responsável por fiscalizar e notificar
os proprietários que estiverem em desacordo com as normas, o Conselho
Regional de Engenharia (Crea-Ba), afirma que não tem poder de embargo e
nem interdição, em casos de instalação clandestina, e que o serviço é de
competência da Sucom.
Já a Superintendência de Controle e
Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), informou que não é responsável pela
fiscalização por não existir lei municipal que respalde a ação.
A Prefeitura de Feira de Santana normatizou
através da lei 6102/02 o uso de cercas energizadas, utilizadas na proteção de
perímetros (residências e outros tipos de imóveis). Já Salvador, aguarda
aprovação da lei para poder então atuar.
A equipe da Tribuna da Bahia, entrou em
contato com a assessoria do Ministério Público para saber qual era a atitude do
órgão em casos como esses, afinal, o risco de acidentes é iminente. O
Ministério Público informou que não iria se manifestar sobre o assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário