FONTE: *** , Equipe Nutrição & Boa Forma (atarde.uol.com).
Incontinência urinária (IU), segundo
a Sociedade Internacional de Continência, é «a queixa de qualquer perda
involuntária de urina. IU pode subclassificar--se de acordo com a circunstância
que lhe dá origem. Quando a perda surge com o esforço ou exercício, ao espirrar ou ao tossir, define-se como IU de
esforço (IUE). Estima-se que afete 1 em cada 4 mulheres adultas, afetando 10%
das mulheres com 20 anos, 35% com 50 anos, podendo alcançar os 60% em mulheres
com mais de 70 anos. A prevalência global da IUE varia de acordo com a
definição,
encontrando-se entre 10-40% das
mulheres entre os 15 e os 64 anos. A IUE é mais frequente no sexo feminino e
mais prevalente na população idosa.
Os fatores de risco da IUE incluem
idade, raça, fatores obstétrico-ginecológicos, estado hormonal, medicação,
obesidade, álcool, cafeína, desportos de alto impacto, tabagismo, tosse
crônica, entre outros. Existem dois mecanismos fundamentais na IUE: a hipermobilidade
da uretra (manifestação do enfraquecimento do suporte da uretra proximal) e a
deficiência do esfíncter interno (disfunção do músculo do esfíncter uretral).
IU não é uma doença fatal mas tem impacto significativo na qualidade de vida,
com problemas médicos, econômicos, higiênicos, sociais e psicológicos.
O tratamento conservador deve ser
recomendado em doentes com grau de IUE ligeiro ou moderado e ausência de
prolapso pélvico. O tratamento farmacológico da IUE é limitado e contempla os
agonistas dos recetores alfa 1-adrenérgicos, os inibidores da recaptação da
serotonina e noradrenalina e a terapia com estrogênios tópicos. A terapia de
reabilitação do pavimento pélvico engloba exercícios dos músculos do pavimento
pélvico (EMPP), estimulação elétrica, estimulação eletromagnética, biofeedback
e dispositivo intravaginal. O tratamento cirúrgico é o tratamento principal da
IUE, com maior possibilidade cura. A cirurgia está indicada em mulheres com IUE
severa e na falência ou má adesão ao tratamento conservador. Na falência da
cirurgia restam algumas opções: a colocação de um novo sling, reajustar a rede.
*** CB, colocar um esfíncter urinário artificial ou
realizar uma técnica minimamente invasiva.
Referências
TEIXEIRA, C. et al. Tratamento da incontinência urinária de esforço,
Acta Obstet Ginecol Port, v.8, n.1, p.53-64, 2014.
Por Joyce Rouvier
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