FONTE: Ivan de Carvalho (TRIBUNA DA BAHIA).
Exceto para governador, está bastante longe de se definir o quadro de candidatos às eleições majoritárias nas três coligações relevantes que disputarão o poder na Bahia em 2010, lideradas pelo PT, Democratas e PMDB, respectivamente.Tratando-se exclusivamente de primeiro turno, são muito remotas, embora não impossíveis, as chances de mudança quanto às três candidaturas a governador, isto porque o desenho da sucessão presidencial praticamente impede coligação que ponha num mesmo grupo o ministro Geddel, do PMDB, e o ex-governador Paulo Souto, do Democratas, dois líderes políticos atualmente em posicionamentos incompatíveis.As atenções se voltam, então, no âmbito dos três agrupamentos relevantes de forças, para as outras candidaturas às eleições majoritárias. Aí as uvas ainda estão verdes. O senador e ex-governador César Borges, presidente estadual do PR, é o astro mais cobiçado. Não há perspectiva alguma de juntar-se à coligação liderada pelo governador Jaques Wagner. Demora-se na avaliação de figurar na coligação de Paulo Souto ou de Geddel Vieira Lima. Para sintetizar: tem mil razões para protelar a decisão.Assim, as coligações lideradas, respectivamente, pelo PT, pelo DEM e pelo PMDB estão em dificuldade para definir candidatura a senador. As últimas duas, por escassez de nomes. César Borges irá para uma das duas, mas qual? Como o PR é controlado por um ministro do presidente Lula, uma eventual definição agora pela chapa de Paulo Souto pode criar-lhe problemas com o comando nacional do seu partido. Boa razão para retardar uma decisão. Outra boa razão é que, se a candidatura de Geddel avançar, ele estará livre para uma aliança com o PMDB, que seria alegremente aceita pela direção nacional do PR.O prefeito de Salvador, João Henrique, não exclui a hipótese de disputar uma cadeira de senador pelo PMDB, mas hesita o suficiente para sugerir seu vice, Edvaldo Brito, para senador ou vice-governador. Em qualquer caso, isso implicaria em João Henrique permanecer na prefeitura. Já no PT, o problema é de excesso. Há um candidato presumido a vice-governador, o presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo, hoje no PDT e que ainda não decidiu sobre a oferta recebida. E um outro interessado, o deputado-secretário João Leão, do PP. Para o Senado as vagas são duas, mas estão postos ou em articulação quatro nomes – Otto Alencar (entraria no PP), Lídice da Mata, do PSB, o deputado-secretário Walter Pinheiro, do PT, e o ex-governador e ex-ministro Waldir Pires, petista, lançado por cinco dos sete deputados federais do PT, sob a alegação de que trata-se do único nome capaz de “ideologizar” a chapa majoritária, não importando os seus respeitáveis e respeitados 82 anos. Waldir não quis entrar pesado na campanha – “Eles que resolvam, não vou me pronunciar” –, mas, como a frase indica, não rejeitou a proposta. E ainda comentou que “teria o sabor de um resgate”, numa referência à sua derrota, quando disputou o Senado, para Waldeck Ornelas, cuja eleição foi contestada, sob alegação de fraude, na Justiça.
Exceto para governador, está bastante longe de se definir o quadro de candidatos às eleições majoritárias nas três coligações relevantes que disputarão o poder na Bahia em 2010, lideradas pelo PT, Democratas e PMDB, respectivamente.Tratando-se exclusivamente de primeiro turno, são muito remotas, embora não impossíveis, as chances de mudança quanto às três candidaturas a governador, isto porque o desenho da sucessão presidencial praticamente impede coligação que ponha num mesmo grupo o ministro Geddel, do PMDB, e o ex-governador Paulo Souto, do Democratas, dois líderes políticos atualmente em posicionamentos incompatíveis.As atenções se voltam, então, no âmbito dos três agrupamentos relevantes de forças, para as outras candidaturas às eleições majoritárias. Aí as uvas ainda estão verdes. O senador e ex-governador César Borges, presidente estadual do PR, é o astro mais cobiçado. Não há perspectiva alguma de juntar-se à coligação liderada pelo governador Jaques Wagner. Demora-se na avaliação de figurar na coligação de Paulo Souto ou de Geddel Vieira Lima. Para sintetizar: tem mil razões para protelar a decisão.Assim, as coligações lideradas, respectivamente, pelo PT, pelo DEM e pelo PMDB estão em dificuldade para definir candidatura a senador. As últimas duas, por escassez de nomes. César Borges irá para uma das duas, mas qual? Como o PR é controlado por um ministro do presidente Lula, uma eventual definição agora pela chapa de Paulo Souto pode criar-lhe problemas com o comando nacional do seu partido. Boa razão para retardar uma decisão. Outra boa razão é que, se a candidatura de Geddel avançar, ele estará livre para uma aliança com o PMDB, que seria alegremente aceita pela direção nacional do PR.O prefeito de Salvador, João Henrique, não exclui a hipótese de disputar uma cadeira de senador pelo PMDB, mas hesita o suficiente para sugerir seu vice, Edvaldo Brito, para senador ou vice-governador. Em qualquer caso, isso implicaria em João Henrique permanecer na prefeitura. Já no PT, o problema é de excesso. Há um candidato presumido a vice-governador, o presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo, hoje no PDT e que ainda não decidiu sobre a oferta recebida. E um outro interessado, o deputado-secretário João Leão, do PP. Para o Senado as vagas são duas, mas estão postos ou em articulação quatro nomes – Otto Alencar (entraria no PP), Lídice da Mata, do PSB, o deputado-secretário Walter Pinheiro, do PT, e o ex-governador e ex-ministro Waldir Pires, petista, lançado por cinco dos sete deputados federais do PT, sob a alegação de que trata-se do único nome capaz de “ideologizar” a chapa majoritária, não importando os seus respeitáveis e respeitados 82 anos. Waldir não quis entrar pesado na campanha – “Eles que resolvam, não vou me pronunciar” –, mas, como a frase indica, não rejeitou a proposta. E ainda comentou que “teria o sabor de um resgate”, numa referência à sua derrota, quando disputou o Senado, para Waldeck Ornelas, cuja eleição foi contestada, sob alegação de fraude, na Justiça.
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