quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ESCREVENTE DE CARTÓRIO DE REMANSO É DENUNCIADA POR TRÁFICO DE ARMAS...

FONTE: CORREIO DA BAHIA.

Acusada de desviar pelo menos 161 armas de fogo custodiadas no Cartório Criminal de Remanso,a 694 Km de Salvador, e de comercializá-las para criminosos do Distrito Federal, a escrevente de cartório do Tribunal de Justiça da Bahia Iara Leobas de Alencar foi denunciada pelo Ministério Público estadual.
Ela agia em concurso com outros quatro denunciados residentes na capital federal: o seu marido Alexandre de Souza da Silva e os colegas dele João Ferreira de Barros e Márcio Nunes de Souza, que atuavam como vigilantes no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além do auxiliar de fotógrafo Marcos Nunes de Souza. Todos eles foram denunciados por peculato, furto, tráfico de armas e formação de quadrilha armada.
Na noite do dia 11 de agosto, Iara Leobas e seu marido Alexandre da Silva foram presos em flagrante em um posto da Receita Federal localizado na BR 020 durante uma blitz organizada conjuntamente pelas Polícias Rodoviária Federal e Civil do Distrito Federal. Eles estavam em um automóvel particular e portavam 26 armas de fogo (19 revólveres calibre 38, seis revólveres calibre 32 e uma pistola), além de 17 munições calibre 32 e 22 munições calibre 38. Na mesma noite, João Barros e os irmãos Márcio e Marcos de Souza foram presos.
O envolvimento dos cinco denunciados no comércio de armas de fogo em Brasília foi comprovado através de diversas interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça do Distrito Federal. Ainda de acordo com o MP, também ficou comprovado que a escrevente Iara Leobas, que possuía amplo acesso às chaves dos armários onde ficavam custodiadas as armas de fogo apreendidas pela Justiça baiana, desviava o armamento do cartório de Remanso e providenciava o seu transporte para Brasília. Duas testemunhas declararam ao Ministério Público ter visto a servidora pública sair do Fórum de Remanso com algumas armas de fogo, enquanto que outras duas afirmaram ter sido abordadas por ela para o envio de “encomendas” para a capital federal. Durante as investigações foi descoberto, ainda, que o vigilante Márcio de Souza vendia as armas de fogo, fornecidas por seu colega Alexandre da Silva, para traficantes de drogas na localidade de Varjão, no Distrito Federal.

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