terça-feira, 27 de outubro de 2009

FRUTAS ATINGEM PREÇOS ABSURDOS...

FONTE: Roberta Cerqueira (TRIBUNA DA BAHIA).
Depois das altas do tomate, banana e açúcar, mês passado, agora é a vez da batata, limão, abacaxi e mamão, que em alguns supermercados de Salvador já chega a custar quase R$ 4 o quilo. De acordo com os comerciantes, a razão dos saltos se deve ao aumento da temperatura e menor frequência de chuvas do período. Consumidores experientes garantem que com pouco dinheiro e muita disposição ainda é possível encontrar bons preços, pesquisando em dois ou mais estabelecimentos, estando sempre atento às promoções oferecidas.A aposentada Eliana Carvalho, 70 anos, já sabe que quartas e quintas-feiras são os dias de economizar, comprando frutas, verduras e hortaliças mais baratas nos mercados da cidade. “Às vezes consigo alguns produtos por até a metade do preço”, disse, enquanto escolhia cenouras por R$ 1,09 o quilo, no Red Mix da Avenida Djalma Dutra, Sete Portas. “Não é este o preço não é que está tudo na promoção”, alerta ela que vive em busca das ofertas anunciadas nos meios de comunicação. A reportagem da Tribuna a Bahia visitou alguns mercadinhos, feiras livres e supermercados da capital baiana para comparar os preços de alguns produtos. Logo no primeiro estabelecimento foi possível observar uma diferença de 173% em relação a cenoura do mercadinho já citado é do Bompreço, que vende a raiz por R$ 2,98. Os mercadinhos de bairro são, segundo a dona-de-casa Domingas de Jesus, 53, uma excelente oportunidade para quem está em busca de preço baixo. “Nos supermercados pagamos pelo luxo e conforto”, lembra mostrando a diferença de preço entre o abacaxi do mercadinho, a R$ 1,99 e do Extra Rótula, R$ 2,79.O maior vilão, de acordo com os comerciantes, é o limão. Ainda mais “azedo” nos últimos dias, o fruto chega a ser vendido por R$ 3 o quilo. “Quando o verão se aproxima o limão sempre sobe de preço”, diz o feirante Rodrigo Alves de Souza, que vende frutas e verduras na Feira da Sete Portas. “Antes era possível comprar 25 limões com apenas um real, hoje com o mesmo valor você consegue levar, no máximo, seis unidades”.“Esse negócio de que feira vende mais barato é pura ilusão, tá tudo um absurdo”, dispara a funcionária pública Alina da Silva, 31, ao se deparar com o abacaxi, por R$ 2 a unidade, mal sabendo ela que o fruto já custa R$ 2,94 no Bompreço. A tendência, segundo Dona Arlinda, como é conhecida a comerciante de São Joaquim, é subir ainda mais os preços, até o fim do ano. “O problema é o transporte, pois faltam caminhões para tantas entregas nesse período”, garante.
Qualidade – Mas, quem “chora” pode conseguir desconto. É o que garante Elena Morais, 30, frequentadora assídua das feiras da cidade. “Gosto do clima das feiras, embora, aqui em Salvador, elas estejam tão abandonadas”, lembrou. Mesmo pagando mais caro, a comerciante Eva Oliveira, 47, prefere os supermercados. “Opto por pagar pela qualidade e higiene de alguns produtos, pois tenho um pouco de receio em relação às feiras livres”, diz, ignorando o preço do mamão papaia, por R$ 3,98, o quilo. As quartas-feiras o fruto cai para R$ 1,84.Causador de muitas altas no preço da cesta básica, o tomate continua caro e em alguns lugares, como no Extra, já está por R$ 3,75 o quilo. A batata segue a mesma tendência, custando R$ 2,36 no Extra e R$ 1,34 no Bompreço. Na feira, a verdura pode ser encontrada entre R$ 1,50 e 1,90. A cebola na feira custa cerca de R$ 1,80 (sem choro), nos mercadinhos em torno de R$ 2,29 e nas grandes redes entre R$ 2,33 e R$ 3,34.Os itens da cesta básica seguem a dança dos preços, baixando alguns produtos e aumentando outros. A farinha, que não pode faltar na mesa dos baianos, já está entre R$ 1,87 e R$ 2, 64 no Bompreço, R$ 2,52 no Rede Mix e de R$ 1,29 a R$ 2,09 no Extra. “A vantagem dos supermercados é que você tem opções e preços variados para escolher”, ressaltou a comerciante Marlene Barreto, 36. A dupla preferida (feijão e arroz) da maioria dos brasileiros parece manter-se estável nas prateleiras da cidade. O feijão, que ano passado chegou a custar R$ 7 o quilo, hoje varia entre R$ 1,28 e R$ 2,69. Já o arroz vai de R$ 1,38 a R$ 1,91. Sendo que no quesito feijão-arroz as grandes redes trazem as melhores oportunidades. De todos os estabelecimentos visitados, o Extra foi o que apresentou o arroz mais barato (R$ 1,38) e o Bompreço o feijão mais em conta (R$ 1,28).

Nenhum comentário:

Postar um comentário