FONTE: JANIO LOPO (TRIBUNA DA BAHIA).
Saca aquele folião que mais parece um desesperado, um louco recém- saído do hospício e que não se cansa de gritar e pular e se estrebuchar feito um alucinado durante todo o período de Carnaval, em especial dentro de um confortável e caríssimo bloco? Obviamente que não sou eu, cara pálida. Fosse por mim essa indústria desumana e que privilegia meia dúzia de gatos pingados e ainda por cima tem a chancela dos governos municipal e estadual, que investem mais nas chamadas entidades ricas e poderosas de Momo do que na educação e na saúde, já tinha há muito sofrido transformações no intuito de contrariar sempre os bem aquinhoados. O Carnaval virou um comércio escuso que ultrapassa as cordas e as paredes bem protegidas dos camarotes dentro dos quais jorram milhões de reais. E se estendem pelas ruas de forma vil, onde o interesse do folião é só comparado ao lixo das ruas, mesmo quando ele, o folião, se dispõe a distribuir suas economias de um ano inteiro para satisfazer as robustas contas bancárias dos verdadeiros donos do negócio. Eis algumas observações a respeito da festa que faço a partir de hoje, com a pretensão de ampliá-las com o tempo à medida em que minhas seguras fontes me abasteçam de seguras e irrefutáveis informações. 0 Carnaval mudou. Agora são os artistas que mandam, utilizando-se de testas de ferro, como Central do Carnaval, Reino da Folia e AxeMix, e fazendo fortíssima pressão política , em prefeito, vereadores e com articulação pesada com vários deputados etc. A inversão do desfile do Carnaval na avenida foi uma ideia de Bell Marques e Central do Carnaval. Como não houve a aprovação do jeito que eles desejavam, rebelaram-se, exerceram todo tipo de pressão e passaram como trator por cima do Conselho do Carnaval. O espaço público na Barra estria sendo negociado por até R$2 milhões por uma vaga de bloco, e os aluguéis girariam em torno de R$100 mil por dia, existindo blocos que deram origem a três novos blocos, pois as vagas foram negociadas por dia, gerando uma descaracterização do Carnaval e os blocos trocam de nomes como se troca de camisa, a depender do valor do aluguel.Vários artistas donos de blocos hoje também são proprietários de camarotes, não pagam direito de arena, e geralmente estão utilizando-se dos passeios, estacionamentos e de varias áreas publicas sem licitação. Os artistas donos dos camarotes são os responsáveis pelos grandes atrasos do desfile, pois cada um faz seu show particular em frente aos seus camarotes, em total desrespeito às demais entidades.Você sabe a extensa lista de artistas que são donos da maioria dos blocos de Salvador, o que complementa o nosso raciocínio. Existem blocos na Barra que já trocaram de nomes seis vezes em oito anos. Um verdadeiro balcão de vendas e aluguéis de vagas.
Saca aquele folião que mais parece um desesperado, um louco recém- saído do hospício e que não se cansa de gritar e pular e se estrebuchar feito um alucinado durante todo o período de Carnaval, em especial dentro de um confortável e caríssimo bloco? Obviamente que não sou eu, cara pálida. Fosse por mim essa indústria desumana e que privilegia meia dúzia de gatos pingados e ainda por cima tem a chancela dos governos municipal e estadual, que investem mais nas chamadas entidades ricas e poderosas de Momo do que na educação e na saúde, já tinha há muito sofrido transformações no intuito de contrariar sempre os bem aquinhoados. O Carnaval virou um comércio escuso que ultrapassa as cordas e as paredes bem protegidas dos camarotes dentro dos quais jorram milhões de reais. E se estendem pelas ruas de forma vil, onde o interesse do folião é só comparado ao lixo das ruas, mesmo quando ele, o folião, se dispõe a distribuir suas economias de um ano inteiro para satisfazer as robustas contas bancárias dos verdadeiros donos do negócio. Eis algumas observações a respeito da festa que faço a partir de hoje, com a pretensão de ampliá-las com o tempo à medida em que minhas seguras fontes me abasteçam de seguras e irrefutáveis informações. 0 Carnaval mudou. Agora são os artistas que mandam, utilizando-se de testas de ferro, como Central do Carnaval, Reino da Folia e AxeMix, e fazendo fortíssima pressão política , em prefeito, vereadores e com articulação pesada com vários deputados etc. A inversão do desfile do Carnaval na avenida foi uma ideia de Bell Marques e Central do Carnaval. Como não houve a aprovação do jeito que eles desejavam, rebelaram-se, exerceram todo tipo de pressão e passaram como trator por cima do Conselho do Carnaval. O espaço público na Barra estria sendo negociado por até R$2 milhões por uma vaga de bloco, e os aluguéis girariam em torno de R$100 mil por dia, existindo blocos que deram origem a três novos blocos, pois as vagas foram negociadas por dia, gerando uma descaracterização do Carnaval e os blocos trocam de nomes como se troca de camisa, a depender do valor do aluguel.Vários artistas donos de blocos hoje também são proprietários de camarotes, não pagam direito de arena, e geralmente estão utilizando-se dos passeios, estacionamentos e de varias áreas publicas sem licitação. Os artistas donos dos camarotes são os responsáveis pelos grandes atrasos do desfile, pois cada um faz seu show particular em frente aos seus camarotes, em total desrespeito às demais entidades.Você sabe a extensa lista de artistas que são donos da maioria dos blocos de Salvador, o que complementa o nosso raciocínio. Existem blocos na Barra que já trocaram de nomes seis vezes em oito anos. Um verdadeiro balcão de vendas e aluguéis de vagas.
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