FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
O arquivamento em abril da ação que propunha a ampliação da Lei da Anistia no país, foi considerado “uma mancha na moral do Brasil" pelo porta-voz da Anistia Internacional, Tim Cahill.
Segundo ele, é fundamental manter o tema em debate e não permitir que a impunidade seja tratada como assunto do passado. A Anistia Internacional divulgou documento sobre as punições no Brasil. As informações são da BBC Brasil.
"A impunidade não é coisa do passado. É preciso acabar com essa separação de que a vítima da classe média sendo torturado porque lutava por ideais políticos é diferente do jovem negro sendo torturado em uma instituição sócioeducacional. É preciso quebrar esse mito", disse Cahill.
Para o representante da Anistia Internacional, o arquivamento da proposta de ampliação da Lei de Anistia no Brasil leva à interpretação de que a impunidade predomina no país. "A mensagem que está sendo claramente enviada a policiais e delegacias é que quando o Estado tortura e mata não existe punição."
Para Cahill, a questão da segurança pública é o principal problema e a Lei da Anistia reflete uma realidade de em que “certos atos são aceitáveis".
No documento da ONG, há a informação de que no Brasil "houve relatos persistentes de uso excessivo da força, de execuções extrajudiciais e de tortura cometida por policiais".
"Moradores de favelas ou de comunidades pobres, frequentemente sob o controle de grupos criminosos armados, foram submetidos a incursões policiais no estilo militar", diz o relatório.
O estudo da ONG cita os casos específicos de projetos como as unidades de Polícia Pacificadora, no Rio de Janeiro; o Pacto pela Vida, de Pernambuco; e as operações Saturação, em São Paulo.
O relatório destaca ainda que esses projetos foram "bem recebidos por alguns setores da sociedade" e que ofereceram "alternativa aos métodos de policiamento repressivos e abusivos de antes", mas afirma que "moradores de algumas áreas reclamaram de discriminação".
As críticas da organização se concentram, porém, apenas nas ações cometidas fora desses projetos. O relatório critica a descrição oficial de centenas de mortes cometidas por policiais como "autos de resistência", o que, segundo Cahill, garante "impunidade automática" aos autores das mortes.
Outro caso específico citado no relatório foi o da incursão nas favelas de Acari e da Maré, no Rio de Janeiro, em que, moradores relataram que as operações policiais violentas coincidiam regularmente com a saída das crianças da escola.
As milícias também mereceram destaque no relatório, já que teriam se aproveitado "de seu poder sobre as comunidades para obter vantagens econômicas e políticas ilícitas", além de "ameaçar a vida de moradores" e instituições do Estado.
O arquivamento em abril da ação que propunha a ampliação da Lei da Anistia no país, foi considerado “uma mancha na moral do Brasil" pelo porta-voz da Anistia Internacional, Tim Cahill.
Segundo ele, é fundamental manter o tema em debate e não permitir que a impunidade seja tratada como assunto do passado. A Anistia Internacional divulgou documento sobre as punições no Brasil. As informações são da BBC Brasil.
"A impunidade não é coisa do passado. É preciso acabar com essa separação de que a vítima da classe média sendo torturado porque lutava por ideais políticos é diferente do jovem negro sendo torturado em uma instituição sócioeducacional. É preciso quebrar esse mito", disse Cahill.
Para o representante da Anistia Internacional, o arquivamento da proposta de ampliação da Lei de Anistia no Brasil leva à interpretação de que a impunidade predomina no país. "A mensagem que está sendo claramente enviada a policiais e delegacias é que quando o Estado tortura e mata não existe punição."
Para Cahill, a questão da segurança pública é o principal problema e a Lei da Anistia reflete uma realidade de em que “certos atos são aceitáveis".
No documento da ONG, há a informação de que no Brasil "houve relatos persistentes de uso excessivo da força, de execuções extrajudiciais e de tortura cometida por policiais".
"Moradores de favelas ou de comunidades pobres, frequentemente sob o controle de grupos criminosos armados, foram submetidos a incursões policiais no estilo militar", diz o relatório.
O estudo da ONG cita os casos específicos de projetos como as unidades de Polícia Pacificadora, no Rio de Janeiro; o Pacto pela Vida, de Pernambuco; e as operações Saturação, em São Paulo.
O relatório destaca ainda que esses projetos foram "bem recebidos por alguns setores da sociedade" e que ofereceram "alternativa aos métodos de policiamento repressivos e abusivos de antes", mas afirma que "moradores de algumas áreas reclamaram de discriminação".
As críticas da organização se concentram, porém, apenas nas ações cometidas fora desses projetos. O relatório critica a descrição oficial de centenas de mortes cometidas por policiais como "autos de resistência", o que, segundo Cahill, garante "impunidade automática" aos autores das mortes.
Outro caso específico citado no relatório foi o da incursão nas favelas de Acari e da Maré, no Rio de Janeiro, em que, moradores relataram que as operações policiais violentas coincidiam regularmente com a saída das crianças da escola.
As milícias também mereceram destaque no relatório, já que teriam se aproveitado "de seu poder sobre as comunidades para obter vantagens econômicas e políticas ilícitas", além de "ameaçar a vida de moradores" e instituições do Estado.
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