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Outros estudos da McGill confirmaram diferentes em como homens e mulheres reagem a essas ameaças. Em um estudo, atores ou atrizes atraentes foram trazidos para flertar com os participantes do estudo numa sala de espera. Mais tarde, foram feitas perguntas aos participantes sobre seus relacionamentos, especialmente como eles responderiam a um mau comportamento do parceiro, como se atrasar ou esquecer de ligar.
Os homens que tinham acabado de paquerar as atrizes foram menos complacentes em relação ao hipotético mau comportamento, sugerindo que a atriz tinham momentaneamente eliminado seu comprometimento. Mas as mulheres que tinham flertado tiveram maior probabilidade de perdoar e criar desculpas para os homens, sugerindo que a paquera tinha deflagrado uma resposta protecionista para o relacionamento.
"Achamos que os homens nesses estudos, podem ter tido compromisso, mas as mulheres tiveram o plano de contingência - a alternativa atrativa faz soar o alarme", disse Lydon. "As mulheres implicitamente decodificam isso como uma ameaça. Os homens, não".
A questao é se uma pessoa pode ser treinada para resistir à tentação. Em outro estudo, a equipe pediu a estudantes do sexo masculino e comprometidos com suas namoradas a imaginar encontrar uma mulher atraente num fim de semana em que sua namorada estava viajando. Alguns dos homens foram solicitados e desenvolver um plano de contingência ao completar a frase "Quando ela se aproximar, eu vou... para proteger meu relacionamento".
Pelo fato de que os pesquisadores não podiam trazer uma mulher de verdade para agir como a tentação, eles criaram um jogo de realidade virtual no qual dois de quatro ambientes incluíam imagens subliminares de uma mulher atraente. Os homens que tinham praticado a resistência à tentação giraram ao redor desses ambientes 25% das vezes para os outros, o número ficou em 62%.
Porém, pode não ser o sentimento de amor ou lealdade que mantém os casais unidos. Em vez disso, cientistas especulam que seu nível de comprometimento pode depender do quanto um parceiro melhora sua vida e amplia seus horizontes - um conceito que Arthur Aron, psicólogo e pesquisador de relacionamentos da Stony Brook University, chama de "auto-expansão".
Para avaliar esta qualidade, foi feita uma série de perguntas a casais: Em que grau seu parceiro oferece uma fonte de experiências empolgantes? Em que grau conhecer seu parceiro tornou você uma pessoa melhor? Em que grau você enxerga seu parceiro como uma forma de expandir suas próprias capacidades?
Os pesquisadores da Stony Brook conduziram experimentos usando atividades que simulavam auto-expansão. Alguns casais receberam tarefas simples, enquanto outros participaram de um exercício bobo em que foram amarrados uns aos outros e solicitados a se mover em colchões, empurrando um cilindro de espuma com a cabeça. O estudo foi armado para que os casais atingissem o tempo-limite nas primeiras duas tentativas, mas que conseguisse por pouco na terceira tentativa, resultando em muita comemoração.
Os casais receberam testes de relacionamento antes e depois do experimento. Os que tinham participado da atividade desafiadora reportaram aumento maior na satisfação com o amor e o relacionamento do que os que não experimentaram nenhuma vitória juntos.
Agora, os pesquisadores estão embarcando numa série de estudos para medir como a auto-expansão influencia um relacionamento. Eles acreditam que um casal que explora novos lugares e experimenta coisas novas obtêm sensação de auto-expansão, aumentando o nível de comprometimento.
"Nós entramos no relacionamento porque o outro se torna parte de nós, e isso nos expande", disse Aron. "É por isso que algumas pessoas que se apaixonam passam a noite inteira acordados conversando e isso parece uma coisa maravilhosa. Acreditamos que os casais podem recuperar um pouco disso fazendo coisas desafiadoras e empolgantes juntos".
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