domingo, 23 de maio de 2010

SERPENTES CUSPIDEIRAS DE VENENO CALCULAM HORA EXATA DO ATAQUE...

FONTE: Katherine Harmon (www2.uol.com.br).
Elas até conseguem prever com mínima antecedência qual será o movimento de seu alvo.

Algumas cobras cospem venenos cheios de neurotoxinas ou outras substâncias nada agradáveis em seus inimigos, para evitar que cheguem muito perto. São incrivelmente precisas na hora do disparo e chegam a acertar o alvo a mais de 1 metro de distância.Para descobrir como essas serpentes conseguem realizar tal feito, Bruce Young, do Departamento de Fisioterapia da University of Massachusetts e seus colegas realizaram testes em laboratórios, provocando as cobras. Depois de vestirem uma proteção adequada, os pesquisadores começaram os experimentos com as espécies Naja pallida, Naja nigricollis e a Naja siamensis. "Mal coloquei os óculos e as cobras já começaram a cuspir na direção dos meus olhos”, conta Young.Os pesquisadores descobriram que as cobras não só seguem os movimentos da cabeça do alvo, como também parecem prever onde os olhos dele estariam com 200 milésimos de segundo de antecedência. Mudanças bruscas de movimentos do alvo muitas vezes deflagram o ataque de veneno das cobras. Como observam os pesquisadores em seu estudo, "no início do ataque elas prestam muita atenção aos movimentos do adversário e calculam a hora exata do disparo”. "Como a cobra está em desvantagem de 200 milissegundos, terá de cuspir em um espaço de tempo de 200 milésimos de segundo mais cedo. Para compensar esse atraso, antes de cuspir a cobra acelera o movimento da cabeça”, dizem os pesquisadores. Cerca de 65 milissegundos antes da cuspida, a serpente começa a girar a cabeça, em movimento para aumentar o fluxo de veneno e acumular material suficiente para acertar o alvo em cheio. "Prevê onde o alvo está indo e então dispara na exatamente correta”, disse Young.“Esses resultados concluem a discussão sobre como funciona a reação rápida e de alta precisão do disparo do veneno, sugerindo haver nas serpentes um maior nível de processamento neural, considerado ausente na maioria dos répteis”, afirmam os autores.

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