domingo, 29 de agosto de 2010

JÚRI DOS ACUSADOS DA CHACINA SERÁ QUARTA...

FONTE: A REGIÃO.
1º de setembro, no Fórum Desembargador Orlando Pereira Santos, a partir das 9 horas. Vão à júri popular Anderson Gonçalves dos Reis, Alex de Paula Silva e José Américo dos Reis Filho e há possibilidade de separação dos julgamentos.
José Américo foi denunciado pelo Ministério Público Estadual como mandante dos cinco assassinatos. O júri será presidido pela juíza Emanoele Vita Leite e a tese de que os réus são culpados será defendida pelo promotor de justiça Yuri Lopes de Mello.
A reportagem de A Região apurou que o advogado de José Américo, Cosme Reis, entrou na segunda-feira, 23, com pedido de desaforamento. Se o pedido da defesa foi aceito, o júri vai acontecer em outro município, distante de Itajuípe.
A estratégia é evitar a revolta e comoção que os crimes causaram na população. A chacina que chocou Itajuípe e região, ganhou repercussão nacional e internacional, ocorreu no Sítio Vontade de Deus, zona Rural de Itajuípe, em 3 de março de 2007. Mas os corpos só foram encontrados três dias depois.
Todos estavam amontoados em um banheiro, em estado de decomposição avançado.
Anderson Gonçalves e Alex de Paula Silva confessaram que mataram Ediane Duarte de Souza, 43 anos, seu filho José Américo Duarte Júnior, 5 anos; Leidilaura da Paz Santos, 26 anos; Geisa Silva Santos, 25 anos, e filho dela, Pedro Henrique dos Santos Cruz, 3 anos.


Eles afirmaram que a ordem partiu de José Américo, com 53 anos na época da chacina.

MOTIVOS DO CRIME.
O Técnico de Inspeção de Equipamento e Instalações da Petrobras há 19 anos foi acusado pela polícia de ter desviado dinheiro para a conta de Ediane, com quem mantinha um romance extraconjugal. Segundo o inquérito policial, esse seria um dos motivos.

Os acusados de executar às vítimas com facadas, asfixia e disparos de arma de fogo alegaram arrependimento, mas voltaram ao sítio de propriedade da vítima para retirar peças como sofá, cama, cadeiras, aparelho de DVD, televisor, guarda-roupa e micro-system.

As armas informadas pelos assassinos como sendo as usadas no crime foram enviadas para a perícia, que comprovou as informações, assim como o exame cadavérico das vítimas.

Durante a investigação foram apreendidos documentos que corroboram a existência de desfalque na Petrobras. A P & M Manutenção de Dutos era responsável por grande movimentação na conta de Ediane Duarte.

O departamento jurídico de A Região teve acesso a um dos cheques, com data de 27 de fevereiro de 2007, de R$ 900.

Em abril de 2007, Anderson Gonçalves dos Reis contou à nossa reportagem os detalhes da chacina. “Ele tinha um caso com Ediane e estava querendo pular fora. Américo já havia dito que ia acabar, mas ela não aceitou. Ele teve medo da informação chegar até sua família”.

Anderson afirmou que um dia José Américo ligou e perguntou se ele queria fazer um “serviço” para ele. “O plano já estava todo pronto. Ele preferiu que eu fizesse porque ninguém ia desconfiar, já que era muito amigo e próximo dela”.

Ele contou que acreditava que teria o emprego de volta, além das coisas da casa de Ediane. “Américo disse ainda que ia tentar me dar uma casa e o carro de Ediane, que estava 'sumido', aquele que deixamos no Jardim Primavera”.

Os acordos foram feitos por telefone. O único encontro entre Anderson e o mandante foi perto da rodoviária de Itabuna quando, diz ele, Américo lhe deu a arma usada na chacina.

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