sábado, 28 de agosto de 2010

O DETECTOR DA MORTE SÚBITA...

FONTE: Guilherme Bryan (guilherme.bryan@folhauniversal.com.br), FOLHA UNIVERSAL.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um novo método para diagnosticar a síndrome do QT longo, doença cardíaca rara (acomete uma a cada 5 mil pessoas) e que pode causar desmaios e morte súbita.
A condição é mais comum em crianças, mas pode ser desenvolvida com o uso de medicamentos como antidepressivos e antibióticos. Se tratada adequadamente, os pacientes terão uma vida normal.
O problema é que entre 30% e 50% dos pacientes têm a síndrome confundida com epilepsia ou histeria.
A nova técnica consiste no rastreamento, por meio do sequenciamento do DNA, de três genes responsáveis por mais de 90% dos casos da síndrome.
Ela foi desenvolvida após o acompanhamento, durante 3 anos, de cerca de 40 pessoas de cinco famílias com portadores desse mal e com histórico de morte súbita. A síndrome de QT longo pode ser controlada com medicamentos, mas, em alguns casos, a cirurgia é necessária.
“Antes, só havia um laboratório particular no Brasil que extraía o DNA e o enviava para análise no exterior.
Com a criação desse primeiro laboratório de biologia molecular de QT longo, será possível disponibilizar um diagnóstico biomolecular para a população que necessita dele e também desenvolver novas pesquisas”, explica Fernando Cruz, coordenador da pesquisa e cardiologista do Serviço de Arritmia e Eletrofisiologia Clínica do INC.

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