FONTE: Thiago Pereira, TRIBUNA DA BAHIA.
As autoridades estaduais em Saúde estão em estado de alerta. O risco iminente de sofrer uma epidemia de dengue em 2011 fez com que o Governo da Bahia declarasse guerra ao mosquito Aedes Aegypti.
Na tarde de ontem, membros do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Dengue se reuniram na Fundação Luis Eduardo Magalhães (FLEM), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), para discutir medidas de combate à doença.
Nem mesmo o uso dos fumacês, veículos que há alguns anos eram utilizados para espalhar inseticida pelas ruas, mas que ultimamente andavam sumidos, está descartado para manter a dengue sob controle. “O uso dos fumacês é uma medida emergencial.
Antigamente, eles eram bastante utilizados, mas recebíamos muitas reclamações de quem tinha bronquite ou asma. Hoje em dia, o inseticida é aplicado apenas em casos excepcionais, já que priorizamos o trabalho de base, combatendo a reprodução do mosquito. No entanto, a aplicação do inseticida não está descartada.
Principalmente em áreas de grande concentração do Aedes Aegypti, onde obtemos ótimos resultados”, afirmou Lorene Pinto, superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde na Bahia.
Outra aposta do governo para o combate à doença é o Projeto de Mobilização Social para a Prevenção e o Controle da Dengue. A ideia é fazer com que cada comunidade se torne um ator ativo na batalha contra o Aedes Aegypti.
O programa já foi instalado em dez municípios baianos, mas será expandido para todo o estado dentro de alguns anos. “O projeto é focado na mobilização social. É um piloto que inclui inicialmente os municípios com maior índice de infestação e letalidade provocada pela dengue.
Reunimos agentes comunitários e técnicos em saúde do local e os capacitamos para o combate ao mosquito. É um espelho que deve servir de exemplo para a luta contra outras doenças”, disse Lorene Pinto.
A tecnologia também é uma arma na guerra contra a dengue. Segundo o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, cientistas baianos já trabalham em um projeto para diminuir a população do mosquito transmissor da doença na Bahia. A técnica é a mesma que a adotada no programa Mosca Média, aplicado em Juazeiro para erradicar a mosca da fruta.
“Serão produzidos machos estéreis do Aedes Aegypti. Eles acasalarão, mas as fêmeas não poderão colocar ovos. Como possuem pouco tempo de vida, vão morrer sem se reproduzir. Logo, a população do mosquito será reduzida a quase nada”, afirmou o secretário sem estabelecer uma data para que o projeto entre em vigor.
A vacina contra a dengue também é uma esperança para combater a doença. “Há equipes no Espírito Santo que estudam a imunização. Temos que esperar, mas já estão em fase de testes.
Enquanto isso, continuaremos com a limpeza de canais, distribuição de cobertura para caixas d’água e retirada de lixo de terrenos baldios”, concluiu o secretário.
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