FONTE: DA EFE (www1.folha.uol.com.br).
Uma equipe de pesquisadores internacional afirma que não existe uma relação entre o colesterol HDL, conhecido como colesterol bom, e o risco de infarto.
Os autores do estudo, publicado na quinta-feira (17) na revista "Lancet", chegaram a esta conclusão após analisarem biomarcadores genéticos para determinar se o HDL participava diretamente ou não do processo que desencadeia a doença.
A pesquisa analisou uma característica genética que aumenta os níveis do colesterol bom sem influir nos níveis de LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos.
Esta característica genética aumenta a quantidade de bom colesterol em 2,5 miligramas por decilitro, o que, de acordo com os estudos epidemiológicos, deveria significar uma redução de risco de infarto de 13%.
No entanto, após mais de 115 mil casos serem estudados, constatou-se que as pessoas portadoras desta característica não têm um menor risco de infarto.
Esta informação será de vital importância na hora fabricação de novos remédios, disse
o IMIM (Instituto das Pesquisas do Hospital do Mar), em Barcelona. A instituição é uma das autoras do estudo e está na contramão da noção geral de que o aumentar o bom colesterol pode não prevenir infartos.
"Nos testes clínicos com remédios que aumentam os níveis do colesterol bom não se observou um diminuição do risco de infarto do miocárdio", disse o coordenador do grupo de pesquisa em epidemiologia e genética cardiovascular do IMIM, Roberto Elosua.
Apesar da descoberta, o colesterol bom continua sendo, segundo Elousa, um biomarcador que se associa a um menor risco de infarto, embora esta relação não seja causal.
Os resultados da pesquisa atual apontam que o papel protetor do bom colesterol não seria sua quantidade, mas sim sua qualidade.
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