FONTE: Amanda Sant’ana REPóRTER, TRIBUNA DA BAHIA.
Tão importante como ingerir cálcio, através do leite e seus derivados, é evitar a sua perda. O elemento químico de símbolo Ca é um dos macro-minerais essenciais, o principal constituinte dos ossos.
Sua carência pode levar a espasmos musculares e nervosos, raquitismo, osteoporose, entre outros distúrbios. Portanto, é importante ficar atento aos maiores responsáveis pela perda de cálcio através da urina, fezes e suor: o sal, a cafeína, o tabaco, as bebidas alcoólicas e a falta de exercício físico.
Ele é um dos nutrientes mais abundantes em nosso corpo, por isso as doses diárias recomendadas são mais altas do que outros tipos de minerais.
Nossos ossos e dentes são formados principalmente por ele, mas o cálcio é especialmente importante em outras funções como coagulação do sangue, regulação da pressão sanguínea, prevenção da hipertensão, condução dos impulsos nervosos, contração muscular do coração e secreção hormonal. E ainda junto com outros minerais como o magnésio, zinco e as vitaminas D e K, ele ajuda a limitar a absorção de chumbo, maléfico para o organismo.
Em um dos processos, o cálcio dos ossos é liberado para a corrente sanguínea, depois passa pelos rins e é excretado através da urina, ocorrendo a perda deste mineral. O sal (cloreto de sódio) que as pessoas colocam nos alimentos aumenta significativamente a perda de cálcio na urina.
De acordo com a médica nutróloga e fundadora do Panela Pintada, Dra. Junaura Barretto, os principais sintomas da deficiência de cálcio estão associados ao aumento da excitabilidade neuromuscular, e, segundo ela, as câimbras ou formigamentos dos membros são muito comuns, além de manifestações mais sérias, como a osteoporose, que por vezes em mulheres idosas, são diagnosticadas quando já ocorreu a fratura. “A melhor estratégia de prevenção da deficiência de cálcio é seguir uma recomendação nutricional adequada, e, quando necessário, fazer a suplementação”, afirma Junaura.
Outra função importante do cálcio é reduzir a acidez de nosso corpo. Quando o consumo de alimentos muito ácidos como vinagre, frutas cítricas, refrigerantes e pimenta é exagerado, devemos aumentar a quantidade de cálcio ingerido, para que ele ajude a reduzir a acidez do organismo e também seja absorvido pelo corpo para ajudar em outras funções.
Normalmente, quando falamos em cálcio lembramos rapidamente de leite e seus derivados, que são ótimas fontes de cálcio, porém com alto teor de gordura saturada, por isso devem ser consumidos com moderação. Mas, além dos laticínios, outros alimentos como brócolis, amêndoas, tofu, grãos integrais e peixes, principalmente a sardinha e o salmão, são também ótimas fontes naturais de cálcio para o organismo.
Já as bebidas alcoólicas em excesso enfraquecem o tecido ósseo porque reduzem a capacidade do corpo para produzir novo tecido para repor as perdas deste. O excesso de cafeína provoca a libertação de cálcio nos músculos, aumentando a contração muscular e a acumulação de cálcio, inibindo a sua recaptação para o sangue.
O tabaco é outro que também favorece a perda de cálcio e expõe os fumantes a um maior risco de fratura óssea, uma vez que a nicotina compete com o organismo na absorção do Ca, pois inibe a produção de osteoblasto, que é responsável pela síntese de componentes orgânicos na matriz óssea. Já o monóxido de carbono, principal substância do cigarro, é extremamente venenoso, pois ele reduz em até 15% a capacidade do sangue de transportar oxigênio.
Com a diminuição dos níveis de oxigênio no organismo, os ossos tornam-se mais frágeis e perdem a densidade.
E se evitar a perda de cálcio é uma das metas da boa saúde, praticar exercício físico e se alimentar adequadamente são as dicas da nutróloga, uma vez que a atividade retém o cálcio e ajuda a fortalecer os ossos.
Segundo Junaura, na hora de se alimentar, lembrar sempre de ingerir poucos alimentos processados, que costumam ser ricos em fósforo. Eles inibem a absorção do mineral como os refrigerantes, carnes, molhos, conservas, pães e massas: “Faz-se necessário estar atentos às restrições alimentares, especialmente dos alimentos ricos em cálcio, ou do uso de medicamentos, que aumentariam essa perda, como os corticóides”, afirma a médica nutróloga.
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