FONTE: , Giovana Girardi, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
A velha noção de que uma dieta com restrição calórica poderia garantir mais anos de vida começa a ser abalada. Uma nova pesquisa conduzida no Instituto Nacional de Envelhecimento (NIA) dos EUA por 23 anos com macacos rhesus observou que o consumo de menos calorias até traz melhoras à saúde, mas não chega a prolongar a vida.
O estudo, publicado na revista Nature, contradiz uma série de outros trabalhos realizados pelo menos desde a década de 1930. Em geral, pesquisas anteriores observavam um aumento na expectativa de vida de ratos, camundongos e outros animais com um curto período de vida.
A ideia então foi checar a influência que a restrição calórica teria em animais com vida mais longa, como os primatas. Se macacos tivessem um desempenho semelhante, era de se esperar que talvez isso poderia ser verdade também para humanos.
Dois estudos independentes começaram a ser feitos no fim dos anos 80 - este no NIA e um outro no Centro Nacional Wisconsin de Pesquisa para Primatas - para analisar o impacto sobre os macacos da aplicação da dieta por mais de 20 anos.
Ao contrário do descoberto agora, porém, o estudo de Wisconsin relatou que os animais que ingeriram menos calorias viveram mais do que aqueles com dieta regular. O novo trabalho analisou a saúde de animais jovens e mais velhos submetidos a uma dieta com 30% menos calorias, mas com os mesmos nutrientes da dieta padrão. Eles foram comparados com animais com alimentação tradicional.
A dieta ofereceu uma melhora de saúde e do funcionamento do metabolismo nos animais mais velhos. E entre os mais novos, se observou uma redução significativa da incidência de câncer e, com o passar do tempo, doenças relacionadas à idade levavam mais tempo para aparecer. Em nenhuma das faixas etárias, porém, houve maior longevidade.
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