quinta-feira, 2 de maio de 2013

MELHORA A QUALIDADE DE VIDA DAS CRIANÇAS COM ANEMIA FALCIFORME...


FONTE: Rivânia Nascimento, TRIBUNA DA BAHIA.

A qualidade de vida das crianças portadoras da anemia falciforme, doença hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos, tem melhorado no estado devido ao trabalho desenvolvido pelos centros de referência no estado, de acordo com a pediatra e hematologista Isa Lyra.

Segundo a médica, a falta de ações sociais alertando a população – principalmente, as de baixo poder aquisitivo que moram nos bairros periféricos – tem sido um grande empecilho para que a população tenha acesso aos tratamento na capital. Esse e outros temas serão abordados no Congresso Baiano de Pediatria que tem inicio hoje, no Hotel Pestana, e segue até sábado.

Especialistas na área apontam que, apesar da evolução, a falta de ações sociais e de interação entre os centros de tratamento continua sendo uma das dificuldades enfrentadas atualmente na capital. Isa Lyra afirmou que, no Brasil, a cada 3.500 crianças nascidas vivas, uma é diagnosticada com anemia falciforme. Já na Bahia, das 650 nascidas vivas, uma tem a doença.

A médica disse ainda que as transfusões de sangue, fundamentais para o tratamento dos portadores da doença, não ganham visibilidade da mídia com a realização de campanhas publicitárias incentivando as doações para esses casos, o que também tem impactado negativamente na evolução do tratamento. No entanto, apesar dos problemas apontados, a médica destaca que a Bahia tem evoluído muito nas pesquisas com a criação de novos equipamentos que possibilitam a avaliação prévia de possíveis riscos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) nos pacientes.

“Graças às pesquisas desenvolvidas nos centros de referência da Bahia, aliadas a um esforço continuo dos pediatras também dos postos de saúde, temos tido uma melhora relevante na qualidade de vida dessas crianças. Exames como o Doppler trasnscraniano (avalia os riscos da criança ter AVC) têm sido de grande ajuda para evitar os riscos do AVC. No entanto, para que a população saiba desses serviços é preciso pensar em mais ações sociais para informar e conscientizar a população”, alertou a pediatra.

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