FONTE: Estadão Conteúdo, CORREIO DA BAHIA.
Este é terceiro mês consecutivo de queda devido à desvalorização dos
grãos, do óleo de palma e do açúcar refinado.
Os preços
globais dos alimentos no mês de julho recuaram 2% ante junho, registrando o
terceiro mês consecutivo de queda devido à desvalorização dos grãos, do óleo de
palma e do açúcar refinado, de acordo com o relatório mensal divulgado nesta
quinta-feira, 8, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO).
O índice da
FAO, que mede a variação mensal de uma cesta de commodities alimentícias no
mercado internacional, alcançou 205,9 pontos no mês passado, quase quatro
pontos abaixo do valor apurado em junho. O indicador referente aos preços
mundiais dos cereais em julho diminuiu 3,7% na comparação mensal, para 227,7
pontos, devido à depreciação do milho.
Um clima
favorável em vários países produtores levantou expectativas de aumento significativo
na produção da commodity, esclareceu a organização. Conforme a FAO, o declínio
das cotações do trigo foi menos acentuado no último mês devido ao forte ritmo
das exportações.
O índice de
óleos e gorduras em julho caiu 3,3% ante junho, atingindo 191 pontos, menor
patamar em três anos. “O recuo reflete basicamente as baixas da soja e do óleo
de palma. O óleo de soja se desvalorizou em resposta à ampla disponibilidade
para exportação, especialmente na Argentina, aliada à fraca demanda (incluindo
o setor de biodiesel), bem como à perspectiva de uma boa safra nos Estados
Unidos”, informou o relatório.
“A fraqueza do
óleo de palma resulta da combinação de uma produção ampla e uma demanda menor
que a esperada, principalmente da China”, acrescentou a FAO. O indicador do
açúcar ficou em 239 pontos em julho, 1,5%, ou 3,6 pontos, abaixo do nível
observado um mês antes.
“Os preços do
açúcar recuaram pelo quarto mês consecutivo devido à previsão de uma produção
excedente nas principais regiões produtoras, notavelmente no Brasil, maior
produtor e exportador do mundo”, revelou a organização. Por fim, o índice dos
produtos lácteos foi o que registrou a menor queda mensal, de apenas 1,1%, para
236,3 pontos, devido à estagnação da produção de leite em nações exportadoras
da Europa, da América do Sul e dos Estados Unidos.
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