A Amazônia Legal
perdeu 3.036 km2 de floresta entre agosto de 2013 e julho de 2014, conforme
dados divulgados na segunda-feira (1º), pelo Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais). O desmatamento foi 9,8% maior que o registrado em igual
período anterior. A área desmatada equivale a duas vezes o tamanho da cidade de
São Paulo. O desmatamento está relacionado principalmente às atividades
agrícolas.
Os dados do Inpe
consideram o desmatamento parcial, em que apenas parte da floresta permanece em
pé, geralmente relacionado com a atividade madeireira, e o corte raso, com a
supressão total da mata para implantação de lavoura e pecuária. A Amazônia
Legal inclui todos os Estados da Região Norte, além de parte do Mato Grosso e
do Maranhão.
Os números se baseiam
no rastreamento realizado pelo Deter, serviço de detecção de desmatamento
realizado em tempo real pelo Inpe, com base em imagens de satélites de alta
frequência. Nos meses de junho e julho, de maior incidência, 1.264 km2 de áreas
em alerta de desmatamento e degradação foram identificados pelo Deter na
Amazônia.
O alerta possibilita
ação rápida dos órgãos de fiscalização para reprimir a ação dos desmatadores.
Os Estados que mais desmataram foram o Pará, com 532 km2, seguido pelo Mato
Grosso, com 268 km2 e Rondônia, com 263 km2. O Estado de Amazonas aparece em
quarto lugar com 167 km2. Queimadas e atividades agropecuárias estão entre as
principais causas da degradação.
No caso do Amazonas,
os desmatamentos ocorreram no extremo sul do Estado, nova fronteira agrícola do
país. O Deter identifica áreas degradadas com mais de 25 hectares, mas nem
todas as áreas são registradas devido à ocorrência de nuvens. De acordo com o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), operações realizadas na região resultaram na prisão de uma grande
quadrilha de desmatadores no sul do Pará. A expectativa é de que os números
caiam nos próximos meses.
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