FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
O início da puberdade nas meninas, que
geralmente ocorre entre oito e 14 anos de idade, é o período ideal para
consultar um ginecologista, já que é nesta fase que características como:
aumento das glândulas mamárias, pelos pubianos e início da menstruação, começam
a aparecer.
Apesar disso, esta primeira visita ao
especialista pode ser motivo de apreensão por parte das adolescentes, já que é
comum se observar mudanças repentinas de humor e ideias, além das dificuldades
que muitas tem para falar sobre sentimentos.
“O acompanhamento da família e do médico são
fundamentais para um bom desenvolvimento físico e mental destes jovens”,
orienta Naura Tonin Angonese, médica ginecologista.
Segundo a médica, no caso das meninas, tratar
precocemente as irregularidades do ciclo menstrual, acne e cólicas pode
significar uma visão positiva do “ser mulher”, desmitificando o paradigma de
sofrimento.
Por isso, é importante ter o acompanhamento de
um ginecologista, que pode, além de esclarecer dúvidas, estabelecer o
diagnóstico de alguns problemas que podem aparecer logo cedo, como: anomalias
do desenvolvimento, irregularidades menstruais e doenças crônicas, como os
ovários policísticos.
“É fundamental uma relação de empatia e
confiança entre a jovem e o médico, tanto para a realização de exames
periódicos, para iniciar uma contracepção, quanto para tirar dúvidas sobre
sexo, por exemplo”, ressalta Naura.
Como é a primeira consulta?
A primeira consulta costuma ser uma conversa
informal, principalmente se a paciente estiver nervosa ou tímida. Dependendo da
idade, o ideal é que a mãe – ou uma adulta de confiança – a acompanhe, já que
além de perguntas sobre a regularidade menstrual, cólicas, alimentação, prática
de atividades físicas e vacinas, ela será questionada quanto ao seu histórico
sexual, caso seja ativa.
Muitas vezes, nesta primeira consulta, a
abordagem sobre a sexualidade é realizada de forma superficial, visto que o
interesse ainda não está sendo manifestado.
“Apesar disso é fundamental deixar a porta
aberta para quando a jovem necessitar outras orientações, para que ela saiba
onde procurar auxílio e tenha a tranquilidade de saber que será acolhida pelo
profissional com atenção, carinho, discrição e ética”, finaliza Naura.
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