FONTE:, https://www.vix.com
As pílulas
anticoncepcionais são um dos métodos preferidos das mulheres na hora de se
prevenirem contra a gravidez. Existem diversos tipos
diferentes de pílulas e o que faz bem para uma
pessoa nem sempre faz bem para outra. Os efeitos variam especialmente
por causa dos hormônios. "Pílulas anticoncepcionais são
medicamentos compostos por hormônios sintéticos parecidos com os hormônios
naturais estrogênio e progesterona, produzidos pelos ovários", explica a
ginecologista Marilda Plácido, professora da Faculdade de Medicina de
Petrópolis (FMP/Fase).
Existe
uma quantidade enorme de pílulas, muitas similares entre si, com a mesma composição,
mas de laboratórios diferentes e com preços que também variam, e existem também
medicamentos genéricos. Mas como agem no corpo Yasmin, Diane 35 anos,
Selene e outras marcas usadas pelas mulheres? Listamos algumas das pílulas
mais conhecidas e a ginecologista falou um pouco sobre cada uma delas. Confira:
Diane 35.
Melhora
a acne e o excesso de pelos. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de
intervalo.
Elani Ciclo.
Possui
um tipo de progestágeno que se aproxima muito do natural, por isso tem menos
efeitos colaterais. Também ajuda a melhorar acne e excesso de pelos. É uma
cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Yasmin.
Assim
como a Elani Ciclo, possui progestágeno que se aproxima do natural e tem menos
efeitos colaterais. Também é uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de
intervalo.
Yas.
Possui
menos estrógeno na composição. A cartela tem 24 comprimidos e são quatro dias
de intervalo.
Selene.
Tem
a mesma composição e efeitos que a pílula Diane. É uma cartela com 21
comprimidos e sete dias de intervalo.
Siblima.
A
dosagem de estrógeno é menor, por isso são mais comprimidos. A cartela vem com
24 e são 4 dias de intervalo.
Diminut.
Possui
uma dosagem hormonal mais baixa. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias
de intervalo.
Mercilon.
É
uma cartela com 28 comprimidos de uso contínuo e a mulher não menstrua. A
dosagem de estrógeno é mais baixa.
Tamisa.
Tem
a mesma composição que a Siblima. A dosagem de estrógeno pode ser de 20 ou 30,
dependendo da resposta da paciente. Quando a dose é muito baixa, algumas
pessoas apresentam sangramento, por isso precisa aumentar. É uma cartela com 21
comprimidos e sete dias de intervalo.
Cerazette.
Não
é uma pílula combinada, possui apenas progestágeno. Ideal para quem tem risco
de tromboembolia, como as fumantes. É de uso contínuo, a cartela tem 28
comprimidos e a pessoa não menstrua.
Allestra 20 ou 30.
Assim
como a Tamisa, possui dosagens diferentes de estrógeno, dependendo do caso de
cada paciente. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Métodos
contraceptivos.
A
Dra. Marilda Plácido explica que a pílula pode conter progestágeno isolado ou
associado a estrógeno (a chamada pílula combinada). A dose de estrógeno varia
em cada tipo de pílula, sendo recomendado atualmente a utilização de pílulas
com 35mcg ou menos deste componente, devido ao menor risco de efeitos
colaterais, principalmente fenômenos
tromboembólicos, infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral, tromboses em geral, etc, aumento da pressão arterial, etc.
Já o progestágeno é variado, tendo efeitos diferentes. Há o acetato de
ciproterona (Diane 35, Selene, Diclin, Artemidis, etc), indicado para mulheres
que têm acne, por exemplo; o levonorgestrel (Microvlar, Nordette, Level,
etc) que tem uma ação ruim sobre o perfil lipídico, podendo elevar o colesterol
e o LDL, o "mau" colesterol, mas é o que tem menor risco de
potencializar os fenômenos tromboembólicos do estrógeno; o gestodeno (Allestra,
Micropil, Siblima, Tâmisa, etc) e o Desogestrel (Mercilon, Primera,etc), que
têm melhor ação sobre o perfil lipídico; a Drospirenona (Yasmin, Yas, Yume,
Elani, etc), e diversos outros.
Além do anticoncepcional, não se esqueça da
camisinha. Ela previne contra DSTs.
"No
período de amamentação, até o sexto mês após o parto, se o bebê estiver com
amamentação exclusiva ao seio, a pílula combinada não deve ser utilizada, pois
o estrógeno pode alterar a qualidade e a quantidade do leite, nesse caso o
indicado é uma pílula só com progestágeno, como Cerazette, por exemplo",
recomenda.
Devido
ao risco de efeitos colaterais e a todas essas especificidades dos vários
componentes, a pílula deve ser prescrita por médico, que vai avaliar cada caso,
quanto a riscos á saúde da mulher, contra-indicação ao uso da pílula, dose de
estrógeno e tipo de progestágeno a ser prescrito. "A pílula pode ser usada
ininterruptamente ou com pausa entre as cartelas. As de uso contínuo podem ser
todas com hormônio e, nesse caso a mulher não irá menstruar, ou podem conter
placebo (substância inerte) no período correspondente á pausa e, nesse caso a
mulher irá menstruar. As pílulas que têm pausa podem ter 21, 22 ou 24 comprimidos
e as pausas variam de 7, 6 ou 4 dias, respectivamente", explica.
Os
principais benefícios, além da contracepção, são o controle do ciclo menstrual,
a redução do fluxo e, consequentemente do risco de anemia, redução da dismenorreia (cólica na menstruação), redução do risco de câncer
de ovário, etc.
Pílula engorda?
Quanto
ao ganho de peso, a ginecologista diz que as pílulas podem
causar um aumento de dois a três quilos. Caso ocorra um ganho maior, é
necessário uma investigação clínica pois, geralmente, alguma outra causa está
associada.
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