FONTE: Folhapress (TRIBUNA DA BAHIA).

Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão em Mato Grosso, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. Os indiciados não tiveram os nomes divulgados pela PF.
Entre os presos estavam o advogado José Antônio Rosa, ex-procurador da Prefeitura de Cuiabá, e quatro servidores que atuavam nas comissões de licitação da Sanecap (Companhia de Saneamento da Capital) --sigla que, invertida, batizou a operação da PF.
Também foram detidos o ex-prefeito de Cuiabá Anildo Lima Barros e Carlos Avalone, vice-presidente da Federação das Indústrias de MT. Todos os suspeitos foram depois soltos por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Segundo a PF, licitações para quase R$ 400 milhões em investimentos nas duas cidades foram direcionadas em benefício das empreiteiras Gemini (administrada por Lima Barros), Três Irmãos (de Carlos Avalone) e Concremax.
“FORÇA POLÍTICA”
Ontem, em nota, a PF disse ter encontrado provas dos crimes de fraude à licitação e formação de quadrilha. Em um dos computadores apreendidos na operação, diz a polícia, havia instruções sobre como fraudar licitações do PAC.
"As empresas integrantes do esquema contam com grande força política, seja por pertencerem a políticos conhecidos em Mato Grosso ou por intenso contato de seus proprietários com políticos municipais", disse a PF, na nota.
O advogado Ulisses Rabaneda, que defende o ex-procurador José Antônio Rosa, disse ontem que ainda não havia tido acesso ao relatório, mas falou que a investigação não provou "absolutamente nada".
Huendel Wender, que atua na defesa do ex-prefeito Anildo Lima Barros, disse que seu cliente está "tranquilo" e que as acusações são "totalmente infundadas".
O advogado Paulo Fabrinny, que representa Avalone e o empreiteiro Jorge Pires de Miranda, da Concremax, chamou de "surreal" a investigação da PF. "O inquérito não tem pé nem cabeça, só gravações interpretadas de forma errônea ou tiradas de seu contexto."
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