FONTE: WILSON DELL'ISOLA, Colaboração para o UOL (estilo.uol.com.br).
Ninguém está livre de se envolver com um parceiro que traga consigo complicações, manias, vícios e dependências. O envolvimento com drogas, em qualquer grau de relacionamento, é sempre uma questão delicada de se tratar. Quando se descobre que o assunto envolve a pessoa amada, o chão desaba completamente. Diante desse cenário, poucas são as opções se a pessoa não reconhecer que tem um problema e se mostrar disposto a resolver.
Ninguém está livre de se envolver com um parceiro que traga consigo complicações, manias, vícios e dependências. O envolvimento com drogas, em qualquer grau de relacionamento, é sempre uma questão delicada de se tratar. Quando se descobre que o assunto envolve a pessoa amada, o chão desaba completamente. Diante desse cenário, poucas são as opções se a pessoa não reconhecer que tem um problema e se mostrar disposto a resolver.
Daí em diante, um campo de resoluções se abre. Se ele topar a ajuda e começar a se tratar, a força do parceiro pode ser crucial para o sucesso do tratamento. Se a resposta for negativa, então vale se perguntar: quero me manter na relação? Para responder, além do afeto, é preciso considerar duas hipóteses: aceitar a condição do parceiro, sem impor cobranças, e aguentar as consequências mesmo sabendo dos limites que essa situação traz; ou terminar o relacionamento.
OS DOIS LADOS.
A advogada Luana***, 28 anos, namorava há um ano e três meses um rapaz que fumava maconha. “No início do namoro, pensei que com o tempo ele deixaria a droga para ficar comigo, porque eu não gosto e sei que poderia fazer mal para ele. Certa vez, ele até disse que iria parar, mas isso nunca aconteceu. Como aquilo estava fazendo muito mal para mim - cheguei a perder 10 kg nesse período e quase entrei em depressão -, resolvi terminar definitivamente depois de sete rompimentos de pouca duração. Já estamos separados há dois anos. Ele é uma pessoa maravilhosa, mas agora está viciado em diversas drogas.”
Uma parcela significativa das pessoas que usa drogas vai conseguir destruir a própria vida e fazer bastante mal aos que o cercam. “O uso de drogas é e continuará sendo uma escolha pessoal. As pessoas têm todo o direito de escolher arruinar a própria vida, mesmo que isso cause danos materiais e emocionais às pessoas que estão em volta. Mas, do mesmo jeito que elas podem escolher se drogar, os outros também podem decidir se querem ou não se relacionar com elas”, afirma o psicólogo Amélio da Silva.
*** O nome foi trocado a pedido da entrevistada.
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