domingo, 1 de agosto de 2010

BEBÊ NEM SEMPRE NASCE SABENDO MAMAR...

FONTE: TATIANA PRONIN, EDITORA DO UOL CIÊNCIA E SAÚDE (noticias.uol.com.br).





Sandra Aparecida Paulino Ale conseguiu amamentar a filha, Ariadne, após receber orientação da enfermeira da maternidade.

Avó muitas vezes reforça mito de que leite da mãe é fraco, diz pediatra

Todo mundo pensa que o bebê nasce sabendo mamar. Basta a enfermeira trazer o recém-nascido alguns minutos após o parto, colocar no colo da mãe e...pronto, ele vai sugar o leite direitinho e a mamãe só terá que se preocupar de novo depois de três horas.

Infelizmente, nem sempre é assim. "Às vezes a mãe fica desapontada porque nos primeiros dias o bebê dorme muito e a própria mãe tem um volume menor de leite, o colostro", comenta o pediatra Luiz Vicente da Silva Filho. Ele afirma que é normal alguns bebês demorarem alguns dias para aprender a sugar, sem que isso traga qualquer prejuízo para a saúde da criança, que em geral nasce com boa reserva de gordura.

Mas há casos em que o problema persiste, e então é preciso que o bebê receba alimentação complementar até que a amamentação se normalize. Muitas vezes a equipe de enfermagem da própria maternidade ajuda a mulher com orientações para estimular a mamada.

Foi o que aconteceu com a pedagoga Sandra Aparecida Paulino Ale, de 43 anos, que realizou o sonho de ser mãe em maio deste ano, após várias tentativas de reprodução assistida frustradas. Sua filha, Ariadne, chegou a ser internada com icterícia grave porque não conseguia se alimentar. “Ela não conseguia manter a sucção e chorava muito”, lembra a mãe.

Para a pedagoga, que havia esperado tanto para ter a filha, o sofrimento de não conseguir amamentar foi grande, mas a persistência, maior. Com as orientações de uma enfermeira da Maternidade São Luís, em São Paulo, ela conseguiu substituir as mamadeiras pelo aleitamento exclusivo após quase um mês. "A gente aprende com o bebê e ele aprende com a gente", testemunha.

Como produz bastante leite, mais até do que a filha precisa, a pedagoga passou a doar o excedente para o banco de leite materno do Hospital Regional Sul. Além de ver a pequena Ariadne saciada, e com 6 kg, ela tem a satisfação de saber que está ajudando a alimentar outros bebês.

ALEITAMENTO EXCLUSIVO.
O leite materno é o alimento mais adequado para o bebê, pois, além de todos os nutrientes necessários, conta com substâncias que fortalecem as defesas da criança contra doenças. É por isso que os bancos de leite existem: se a mãe de um prematuro ou de um bebê internado em estado grave não consegue amamentar, é fundamental que ele receba esse alimento para sobreviver.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento exclusivo até os seis meses de idade, pois está comprovado que a medida evita doenças e também beneficia a mãe.

Em comunicado divulgado como parte da campanha da Semana Mundial da Amamentação, que começa neste domingo (1º), a diretora do departamento de desenvolvimento infantil Elizabeth Mason conta que apenas 35% dos bebês recebem apenas leite materno no primeiro semestre de vida. Se isso acontecesse, e o aleitamento ainda fosse mantido com a alimentação complementar até os 2 anos, 1,5 milhão de crianças seriam salvas a cada ano.
SOBROU LEITE? DOE.
Você sabia que as mães com leite excedente podem doar o leite materno para crianças prematuras e de alto risco internadas em UTIs? Qualquer mãe saudável que estiver amamentando e tiver leite excedente pode fazer a doação. Informe-se sobre os locais onde fazer a doação na sua cidade e saiba mais sobre os bancos de leite humano no site http://www.redeblh.fiocruz.br/

Um comentário:

  1. Olá blogueiro,

    Dê ao seu filho o que há de melhor. Amamente!

    Quando uma mulher fica grávida, ela e todos que estão à sua volta devem se preparar pra oferecer o que há de melhor para o bebê: o leite materno.
    O leite materno é o único alimento que o bebê precisa, até os seis meses. Só depois se deve começar a variar a alimentação.

    A amamentação pode durar até os dois anos ou mais.



    Caso se interesse na divulgação de materiais e informações sobre esse tema, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br

    Obrigado pela colaboração!

    Ministério da Saúde

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