FONTE: Tiago Nunes, TRIBUNA DA BAHIA.
Um bebê de seis meses está internado e em isolamento há dois dias no Centro de Saúde São Marcos com suspeita de coqueluche - popularmente conhecida como tosse cumprida. De acordo com a mãe da criança, Valdirene dos Santos, ela teve que comprar o medicamento em razão da unidade não possuir.
Na sexta-feira (24), a vítima foi transferida para o Hospital Couto Maia, devido à evolução da doença, mas após ser submetida a exames físicos e de laboratório, o estado de saúde dela não era considerado grave.
No fim da tarde de hoje, ela voltou a ser deslocada para o posto médico, a fim de evitar contaminação, visto que o hospital recebe pacientes com doenças infecto-contagiosas. O resultado da análise, que confirma ou não a enfermidade, sai em 15 dias.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a quantia do medicamento foi devolvida aos familiares. O procedimento do posto médico não é o indicado, segundo as autoridades, e por isso a unidade será notificada pela Coordenação Municipal de Urgência e Emergência.
Os dados de Salvador sobre a incidência de coqueluche comprovam a percepção clínica de infectologistas sobre o ressurgimento da doença. Somente este ano, a infecção atingiu mais da metade de pessoas que no ano passado inteiro.
Há vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas para crianças, mas são adultos e jovens os principais disseminadores do causador da infecção, a bactéria Bordetella pertussis.
A coqueluche costuma ser mais grave em menores de 6 meses, podendo levar à morte por pneumonia, já que a imunidade é adquirida apenas após a terceira dose da vacina tríplice bacteriana.
Mas esse tipo de imunização, cujas cinco doses devem ser tomadas até os seis anos, conferem imunidade apenas por dez anos - e mesmo quem já teve a doença está sujeito a nova infecção.
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