FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil define os alimentos transgênicos como sendo aqueles produzidos com base em princípios agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, não sendo permitida a utilização de substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente.
Desde janeiro de 2011, alimentos comercializados como orgânicos devem conter o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica, que garante a qualidade do alimento orgânico através do cumprimento das normas de produção e cultivo. Os alimentos orgânicos podem ser de origem vegetal, como café, hortaliças, verduras e frutas; ou animal, a exemplo das carnes, ovos, leite e mel.
Segundo a nutricionista da Clínica do Homem e assessora técnica do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região (CRN-5), Leny Strauch, existem controvérsias em relação às diferenças entre os alimentos orgânicos e não orgânicos quanto à qualidade nutricional (quantidade de proteínas, vitaminas e minerais).
“Mas, há sinais científicos claros de que os alimentos orgânicos possuem um maior teor de vitamina C e de fitoquímicos (compostos antioxidantes e anti-inflamatórios), além de um menor teor de nitratos, que no organismo humano podem ser transformados em nitrosaminas, substâncias potencialmente cancerígenas, se comparados aos convencionais”, diz Leny.
Ainda do ponto de vista nutricional, o leite orgânico geralmente apresenta maiores teores de carotenóides, vitaminha E e vitamina B. Já as carnes apresentam baixos teores de gorduras e melhor perfil de ácidos graxos. Em relação à qualidade organoléptica (sabor, aroma, textura), os estudos concluem que alimentos orgânicos são superiores aos da produção convencional. Em testes sensoriais, são considerados mais saborosos.
Leny Strauch explica que os alimentos orgânicos são produzidos sem a utilização de agrotóxicos (fertilizantes ou pesticidas químicos), hormônios (no caso de produção animal), ou qualquer outro tipo de substância que seja prejudicial à saúde ou que produza impacto negativo prolongado sobre o meio ambiente. Utiliza-se adubos orgânicos e técnicas preventivas de infestação de pragas. A produção de alimentos orgânicos segue normas estabelecidas no Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal (MAPA).
Enquanto isso, na produção convencional, percebe-se o descontrole no uso de agrotóxicos, “tanto em relação às quantidades da substância aplicada, muitas vezes superiores às permitidas, quanto na utilização de substâncias proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, pontua Leny.
SAÚDE EM RISCO.
A exposição aos agrotóxicos representa riscos para a saúde, podendo causar desde dermatites (inflamações na pele) até alguns tipos de cânceres, além de doenças hepáticas, renais, cardíacas, respiratórias e até mesmo neurológicas. Estas manifestações são resultados de intoxicações, agudas ou crônica, causadas através do contato direto (no manuseio do produto pelo trabalhador, antes, durante ou após aplicação) ou contato indireto (através do consumo de água ou alimentos contaminados).
SAÚDE EM RISCO.
A exposição aos agrotóxicos representa riscos para a saúde, podendo causar desde dermatites (inflamações na pele) até alguns tipos de cânceres, além de doenças hepáticas, renais, cardíacas, respiratórias e até mesmo neurológicas. Estas manifestações são resultados de intoxicações, agudas ou crônica, causadas através do contato direto (no manuseio do produto pelo trabalhador, antes, durante ou após aplicação) ou contato indireto (através do consumo de água ou alimentos contaminados).
Os sintomas das intoxicações por agrotóxico vão desde náusea, tonturas, vômitos, dificuldades respiratórias, até o coma, podendo chegar à morte (nos casos agudos), além de distúrbios comportamentais, como irritabilidade, ansiedade, alterações do sono, depressão, dores de cabeça, cansaço, dentre outros (nos casos crônicos). “O tempo de exposição, além da quantidade e do tipo do produto, determina a proporção do risco para a saúde”, conclui Leny Strauch.
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