terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE INTESTINO (PARTE TRÊS)...


... CONTINUAÇÃO.


OUTROS EXAMES UTILIZADOS PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER COLORRETAL:

ü Pesquisa de sangue oculto nas fezes;


ü Retossigmoidoscopia;


ü Enema opaco com duplo contraste;


ü Colonoscopia virtual


PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES:

Esse exame detecta a presença de sangue escondido (oculto) nas fezes. A presença de sangue pode ocorrer por sangramentos de úlcera gástrica, hemorróidas, doença inflamatória intestinal, pólipos intestinais ou câncer colorretal. São necessárias três amostras de fezes consecutivas e devem ser evitados alguns tipo de alimentos, alguns dias antes do exame.


Vantagens: É um exame barato, simples, de fácil realização e não causa desconforto ao paciente. Esse exame oferece a vantagem de poder detectar o câncer em estágios precoces e não os pólipos do tipo adenomas que, quando pequenos e médios, não sangram. Embora detecte cerca de 10% dos pólipos e metade dos casos de câncer esse exame mostrou-se útil quando associado a outros métodos diagnósticos.


Desvantagens: Seu maior problema é o fato da ingestão de algumas frutas e de carne vermelha provocar resultados falsos-positivos, ou seja o exame indica presença de sangue nas fezes, mas na realidade não há nenhum sangramento no tubo digestivo. Em geral isso pode ocorrer em decorrência da falta de orientação do laboratório que realizou o exame quanto as restrições dietéticas necessárias a realização do exame.


RETOSSIGMOIDOSCOPIA:

Exame realizado através de um tubo rígido de 25 cm de comprimento (retossigmoidoscopia rígida), ou por meio de um aparelho flexível de fibra ótica com 70 cm de comprimento (retossigmoidoscopia flexível) que é introduzido pelo ânus e permite visualizar internamente o reto e parte do cólon.


Se for encontrada alguma lesão que possa indicar presença de tumor, uma biópsia deve ser realizada. Na manhã do exame é recomendado realizar uma refeição leve. É necessário uma pequena lavagem intestinal do paciente antes do exame.


Desvantagem: O aparelho alcança apenas o reto e parte do cólon, portanto não possibilita ser usado isoladamente como método de pesquisa de tumores em toda extensão do intestino grosso.


ENEMA OPACO COM DUPLO CONTRASTE:

Nesse exame radiológico o ar é injetado após a remoção do bário previamente introduzido no cólon por via baixa, o que faz que as lesões sejam evidenciadas pelo bário (contraste) que ficou retido. Essa técnica é mais sensível do que o enema convencional para a detecção de pólipos.


O exame requer um preparo com laxantes que se inicia 24 horas antes e sua realização é bastante desconfortável para o paciente.Vantagens: permite visualizar todo o cólon e o reto, sendo empregado quando não for possível realizar a colonoscopia.


Desvantagens: Esse procedimento se destina ao diagnóstico das patologias do intestino grosso, entretanto não dispõe dos recursos da colonoscopia que possibilita a biópsia de tumores e a ressecção de pólipos. Além do desconforto o enema opaco não é capaz de detectar todos os tumores e pólipos pequenos.


COLONOSCOPIA VIRTUAL:

Trata-se de uma tomografia computadorizada em três dimensões capaz de produzir imagens de todo o cólon de maneira rápida, não invasiva, sem a necessidade de sedação do paciente. Existem evidências de sua eficiência como exame de rastreamento dos tumores do cólon e reto, no entanto esse exame ainda não é facilmente disponível em nosso meio.


PREVENÇÃO DO CÂNCER DO INTESTINO:

A prevenção significa evitar os fatores de risco e aumentar os fatores protetores. Alguns fatores de risco como a idade não podem ser evitados, contudo estudos realizados na população permitem identificar situações ou hábitos que podem reduzir ou aumentar a chance de uma pessoa desenvolver a doença. Dentre os fatores protetores citamos:


ü Dieta rica em fibras e com pouca gordura de origem animal;


ü Prática de exercício físico de forma regular;


ü Não consumir fumo, bebidas alcóolicas e alimentos com corantes;


ü Remover pólipos (colonoscopia);


ü Observação: através de estudos, ainda não concluídos, observou-se que o uso de algumas substâncias reduzem o risco de desenvolvimento do câncer colorretal. Dentre essas substâncias estão as vitaminas E e C, o cálcio e o selênio, todavia o seu uso deve ser realizado sob supervisão médica, dentro de protocolos de pesquisa.
CONTINUA...

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