FONTE: itodas.uol.com.br
Todas as noites a história se repete: fralda incomodando, colchão molhado, mau cheiro, criança chorando… É difícil para os pais lidarem com os filhos que fazem xixi na cama. O ato, chamado enurese noturna, é comum até pelo menos os cinco anos. Mas educá-los para que isso não aconteça demanda tempo e paciência.
O pediatra Felipe Moliterno, professor de Pediatria da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) explica que não há uma “receita de bolo”. A criança deve ser estimulada e encorajada a ter responsabilidade pelo seu próprio aprendizado e treinamento. “Normalmente, ela deve conseguir, por exemplo, reconhecer que está com vontade de urinar, saber falar para os responsáveis que precisa urinar e conseguir retirar uma peça de roupa sem auxílio de outra pessoa. Essas habilidades são adquiridas em uma faixa etária variável, mas de acordo com estudos, a idade média de retirada de fraldas situa-se por volta dos três anos. Já para o xixi na cama, admite-se que o limite seja de cinco anos, pois, nesta idade, a maturidade de controle da micção pela bexiga já deve ter sido adquirida”, esclarece.
O ato de fazer xixi na cama pode ocorrer por fatores genéticos; condições ambientais (treinamento inadequado, distúrbios psicológicos) ou por redução da capacidade funcional da bexiga, alterações hormonais e alterações do sono. E cada caso deve ser sempre individualizado.
Para que não faça mais xixi na cama, a criança deve ser ensinada e treinada para ter o controle da micção. Existem métodos diferentes e cabe ao pediatra, à escola (caso a criança frequente a creche ou maternal) e à família estabelecerem uma estratégia conjunta para que este treinamento seja bem sucedido. Mas, muitas vezes, mesmo já adaptada sem a fralda durante o dia, a criança não consegue controlar o xixi noturno.
Uma dica do pediatra é reduzir a ingestão de líquidos à noite e estimular a micção antes de deitar. Pode-se tentar estabelecer o hábito de acordar durante a madrugada para ir ao banheiro mas não é uma regra. “O uso de fraldas deve ser desestimulado e os pais devem sempre dar apoio emocional e reforço positivo, como, por exemplo, anotando e elogiando as noites secas ou a redução da frequência. E deve-se evitar punições em noites molhadas ou em qualquer situação”, afirma.
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