quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

NA PAISAGEM DIFERENTE...


Modificara-se a paisagem, depois de transposta a extensa ponte. A escuridão quase absoluta ficara para trás nos caminhos percorridos, e a atmosfera noturna tornara-se mais leve, mais clara. Impregnara-se o ar de perfumes sutis.


Movimentando-se ao nosso lado, os amigos que nos aguardavam, além do despenhadeiro, entoavam cânticos de júbilo. Não havia qualquer nota de tristeza nesses hinos de regozijo. Eram todos vazados em soberana alegria, quais se estivéssemos regressando à casa paterna, como o filho pródigo da parábola. Alguns foram acompanhados por Marta, cuja voz cristalina me expulsava o cansaço e o abatimento.


Muitos dos companheiros sustentavam tochas acesas e, à claridade delas, via-se-lhes o semblante iluminado e feliz.


Fizera-se a volitação mais agradável, mais rápida.


A estrada que percorríamos marginava-se de flores, algumas delas como que talhadas em radiosa substância, o que convertia a paisagem numa cópia do firmamento. Árvores próximas pareciam cobertas de estrelas.


Ouvindo as melodias suaves que partiam para longe, levadas pelo vento fresco a soprar-nos de leve sobre o rosto, eu não expressaria, de modo algum, a emoção que me dominava.


A que país, afinal fora eu arrebatado pela morte? Teria subido a Terra até ao Céu ou teria o Céu baixado para a Terra?


Em verdade, incoercível desejo de dormir, ampla e despreocupadamente, escravizava-me o sentido. As aflições de natureza física haviam terminado; todavia, certa fadiga sem dor me submetia inteiramente.


No entanto, aquelas vozes argentinas, a se evolarem para o alto, alegremente, como que me embalavam o ser, revigorando-me as energias. Os versos comoventes dos cânticos e a música espiritualizante que vagava na atmosfera me arrancavam lágrimas inesquecíveis.


Que fizera no mundo para merecer o devotamento dos amigos e as ternuras de minha filha?


Por que não me lembrara, mais vezes, na Terra, de que retornaria ao Lar Espiritual? Eu pensara na morte, aguardara-a sereno e providenciara quanto julguei justo para quando o corpo exausto baixasse ao túmulo; todavia, não supunha que a vida, aqui fosse tão natural. Se soubesse antes, ter-me-ia preocupado em semear o bem e a luz, mais intensamente, na causa que abraçamos....

Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!

Obrigado pela companhia!!!

Centro Espírita Caminhos de Luz – Pedreira – SP – Brasil.

Pelo Espírito Irmão Jacob - Do livro: Voltei, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Acesse o nosso site: www.caminhosluz.com.br

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