FONTE: Vinicius
Konchinski,
do UOL, no
Rio de Janeiro
(copadomundo.uol.com.br).
A Caixa Econômica
Federal pretende usar os grandes eventos esportivos para promover suas
loterias. O banco, que é o operador dos jogos de aposta no país, já prepara uma
espécie de loteria esportiva para a Copa do Mundo de 2014 e enxerga até a
possibilidade desse tipo de jogo financiar parte dos gastos públicos com a
Olimpíada de 2016.
As informações são do superintende de Loterias do banco, Gilson Braga. O executivo fez uma palestra nesta quarta-feira em um evento sobre gestão esportiva realizado no Rio de Janeiro. Nela, afirmou que, desde 1972, países-sede da Olimpíada usam as loterias para arrecadar dinheiro e pagar a preparação para os Jogos.
Segundo ele, nos Jogos Olímpicos de Munique, as apostas contribuíram cerca de R$ 500 milhões para o custeio do evento. Na última edição da Olimpíada, em Londres, foram cerca de R$ 6,6 bilhões arrecadados pela loteria e usados na competição.
A Olimpíada de 2016, que acontecerá no Brasil, já tem um orçamento parcial de cerca de R$ 29,2 bilhões. Nenhum loteria existente no país hoje, entretanto, pode colaborar de alguma forma para o pagamento dessa conta.
"No Brasil, a legislação já determina como a arrecadação da Olimpíada será repartida. Só uma nova lei pode mudar isso", explicou Braga. "Nós, como gestores das Loterias, sabemos que outros países usaram. Se o governo ou o Congresso mudar a legislação, estamos prontos."
Braga lembrou, entretanto, que a Caixa pode usar os grandes eventos para criar novas loterias, sem que a destinação dos recursos seja alterado. O banco costuma fazer isso em Copas do Mundo e deve repetir a estratégia no Mundial de 2014.
"A Caixa investir na Copa do Mundo usando a Loteca. A gente vai usar o mote do torneio chamar a atenção das pessoas para apostarem", afirmou Braga.
Ele disse que o lançamento da loteria ainda depende da compra de direitos das marcas da Fifa. Isso, disse Braga, deve ser negociado futuramente.
Apostas no futebol.
O superintendente da
Caixa falou também sobre a possibilidade de criação jogos de aposta em
resultados de partidas de futebol. Esse tipo de jogo já existe fora do Brasil
–e com tem feito grande sucesso--, mas ainda é proibido por aqui.
Braga ratificou que não cabe à Caixa liberar esse tipo de jogo. A liberação tem que vir por meio de lei, a qual deve ser proposta por governo ou Congresso.
Ele ressaltou que
esse tipo de jogo pode gerar grande receita para clubes e o governo. Disse que
a Caixa está preparada para colocar essas apostas em prática.
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