FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Quando o assunto é gestação, os cuidados com
a saúde da mulher são redobrados, pois por nove meses ela irá carregar outra
vida.
Além de ter atenção com a alimentação,
consumo de medicamentos, contato com produtos químicos e excesso de esforço
físico, a futura mamãe deve se preocupar com as pequenas mudanças do corpo.
Um simples desconforto ao urinar, por
exemplo, pode indicar o início de uma infecção urinária, patologia que atinge
com mais frequência às mulheres.
"Na mulher, o canal que leva a urina da
bexiga para o meio externo é mais curto e, devido a proximidade com o ânus, a
chance de infecção bacteriana é maior", observa José Perandré Neto, médico
urologista da Clínica Plena. Nas mulheres grávidas, a incidência da doença é
ainda maior.
Devido às alterações fisiológicas que
ocorrem na gravidez, como a dilatação dos órgãos que compõem o sistema
urinário, diminuição do espaço para a bexiga e alterações imunológicas, as
gestantes são mais suscetíveis a complicações e sequelas graves decorrentes das
infecções do trato urinário.
"Em alguns casos, o mal acaba
interferindo no bebê, podendo provocar o parto prematuro e até a morte
prematura", explica o especialista.
Aborto espontâneo.
Dados de um estudo divulgado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 2007 revelam que a doença é a segunda causa de mortalidade prematura de fetos com até três meses, atrás apenas de alterações cromossômicas geradas por espermatozoides ou óvulos defeituosos.
Dados de um estudo divulgado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 2007 revelam que a doença é a segunda causa de mortalidade prematura de fetos com até três meses, atrás apenas de alterações cromossômicas geradas por espermatozoides ou óvulos defeituosos.
"Caso a infecção não seja descoberta logo
no início ou tratada do modo correto, ela pode atingir os rins através do
sistema urinário e evoluir para um quadro de infecção generalizada, aumentando
a chance de abortamento espontâneo", comenta Andréa Sincero Sá, médica
ginecologista da Clínica Plena.
A infecção urinária na gestação aumenta a
chance de morte fetal e trabalho de parto prematuro, além da restrição de
crescimento intra-uterino.
"Caso isso aconteça, o bebê
pode sofrer com as consequências como o baixo peso ao nascer. A realização do
pré-natal iniciado precocemente com exames frequentes é a principal maneira
para evitar danos tanto ao feto quanto para mãe", expõe.
Sintomas e prevenção.
O primeiro sintoma da infecção urinária é a ardência ou dor ao urinar, bem como o cheiro desagradável e a cor opaca da urina, que também podem ser indicativos da doença.
"Desconforto abdominal, febre,
calafrios e vômito indicam que a infecção possa ter se agravado, por isso um
médico deve ser consultado com urgência", orienta José Perandré Neto.
Já para as mamães que desejam prevenir a
doença, o indicado é manter a hidratação do corpo consumindo bastante água
durante todo o dia e ingerir alimentos ricos em Vitamina C, como mamão, laranja
e brócolis.
"Fazer a higiene pessoal corretamente e
não reter a urina por longos períodos também auxilia na prevenção da
doença", finaliza.
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