Quatro de nove mulheres que
receberam úteros de doadoras vivas
recentemente na Suécia tiveram embriões transferidos na tentativa de engravidar.
As mulheres fazem
parte de um projeto experimental para testar se é possível implantar um útero
para que uma mulher sem o órgão possa dar à luz seu próprio filho
biológico. Duas das pacientes tiveram que remover os órgãos por causa de
complicações.
"Já começamos a
transferência de embriões em quatro das mulheres e faremos tentativas com as
outras quando elas estiverem prontas", afirmou à Associated Press Mats
Brännström, professor de obstetrícia e ginecologia na Universidade de Goteburg,
que está liderando a pesquisa.
Brännström prevê que
três ou quatro das sete mulheres consigam engravidar.
Houve duas tentativas
anteriores de transplantar um útero - na Turquia e Arábia Saudita. Mas, em
ambos os casos, a gravidez não ocorreu. Médicos na Grã-Bretanha e Hungria
também estão planejando operações semelhantes, mas com úteros de mulheres que
acabaram de morrer.
"Há dúvidas
sobre como as mudanças fisiológicas no útero vão afetar a mãe e se o útero
transplantado será propício para um bebê em crescimento", disse Charles
Kingsland, porta-voz da Royal College of Obstetras e Ginecologistas da
Grã-Bretanha e médico do Hospital de Mulheres de Liverpool.
Em um estudo
publicado na semana passada, Brännström e colegas descreveram os procedimentos
utilizados para o transplante dos nove úteros e informaram que houve
"episódios de rejeição leves" em quatro pacientes.
Ele disse que os
úteros transplantados seriam removidos após um máximo de duas gestações.
"Nós realmente
não sabemos se o fluxo de sangue para o útero irá aumentar e se adaptar da
mesma maneira, como em uma gravidez normal", disse Yacoub Khalaf , diretor
da unidade de reprodução assistida do hospital de Guy e St. Thomas, em
Londres. Para ele, ter conseguido fazer as transferências é um bom sinal, mas
só um nascimento provará que o procedimento
funciona.
*** Com AP.
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