terça-feira, 2 de setembro de 2014

BAHIA É O TIME QUE MENOS ACERTA O GOL DOS RIVAIS NO CAMPEONATO BRASILEIRO...

FONTE: Angelo Paz (angelo.paz@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
Em decorrência dessa dificuldade, o Bahia tem o segundo pior ataque da competição, com 11 gols marcados.
Quando clarear, manda para o gol! Esse é um dos ditados que mais ecoa nos babas da vida ou no ambiente do futebol.  Parece simples, mas o Bahia está numa escuridão profunda quando o assunto é acertar a direção do gol. 
Na derrota de 1 x 0 contra o Grêmio, no último domingo, em Porto Alegre, Henrique foi o responsável pelo único chute defendido pelo goleiro Marcelo Grohe. O pior é que não é uma situação isolada, e sim o espelho geral tricolor após as 18 rodadas disputadas no Brasileiro: o Bahia é o time que menos chuta em gol na Série A, com só 58 finalizações certas. 

Em decorrência dessa dificuldade, o Esquadrão tem o segundo pior ataque da competição, com 11 gols marcados - fica à frente do Criciúma, também na zona de rebaixamento, com nove gols. Para completar,  não marcar um golzinho há três jogos na Série A: Criciúma e Atlético Paranaense (ambos  0 x 0), e Grêmio.   
De tão incômoda, a situação acabou sendo motivo de desabafo do lateral-esquerdo Guilherme Santos na saída de campo da Arena do Grêmio. “A gente tem que chegar mais, todo mundo, cobrar mais, olhar na cara e saber o que é levar a camisa do Bahia. Mais querer, mais responsabilidade, para a gente conseguir chegar. Tem que fazer dentro de campo, chutar mais, criar mais perigo de gol para o adversário”, frisou.  
Esse, sem dúvidas, é o principal desafio do técnico Gilson Kleina, que saiu da dependência dos três volantes no segundo tempo do empate em 0x0 com o Atlético, e manteve o estilo com dois homens de marcação diante da dupla Gre-Nal. “Preciso criar um mecanismo para ter mais força ofensiva. Esse setor de articulação não tenho. Tentei também com Rhayner, Henrique, Maxi.. A equipe  terminou com cinco (quatro, na verdade) atacantes e não fica ofensiva. Começamos a viver de uma bola área, uma bola parada, e isso é pouco para virar uma partida. Temos que ter mais coragem e ousadia”, disse após a derrota para o Grêmio.   
Como a delegação chegou ontem à Salvador depois de dez dias no Sul, Kleina terá pouco tempo para tentar solucionar o problema, já que na quinta, o Bahia enfrenta o Internacional, às 22h, na Fonte Nova, pela partida de volta da Sul-Americana. O tricolor venceu por 2 x 0 no Beira-Rio e pode até perder por um gol para chegar na fase internacional. A equipe terá a volta de Léo Gago e, possivelmente, de Marcos Aurélio, que ficou em Salvador aprimorando a parte física. “Essa semana é de Sul-Americana e Brasileiro. Que a gente possa ser competente, trabalhar bem e ver os jogadores que ficaram. Vamos com uma equipe forte nos dois jogos que temos dentro da Fonte Nova para sairmos vitoriosos”, diz Kleina. 
Coritiba.
Depois do Inter, o Bahia pega o Coritiba, quinto adversário consecutivo do Sul em duas semanas. Segundo pior mandante do Brasileiro com apenas oito pontos em nove jogos - à frente só do Vitória, que somou seis - , o Bahia não terá o apoio da torcida em decorrência da punição pela superlotação na derrota de 2 x 0 contra o Santos,  na oitava rodada, em Feira de Santana. “Vamos ter que passar por mais um obstáculo e fazer de tudo para fechar o turno com 19 pontos”, defende Kleina. Com 16, o Bahia é o penúltimo colocado.

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