FONTE: Nelson Rocha, TRIBUNA DA BAHIA.
No período mais quente, as
pessoas estão mais sujeitas a desidratação.
Com a temperatura crescente anunciando a chegada do verão, muita
gente aproveita para fazer mais exercícios ao ar livre e, consequentemente,
suar mais. Entretanto, especialistas alertam para a importância da hidratação,
ou seja, o consumo ideal de líquido, o suficiente para não desenvolver as
chamadas pedras nos rins, uma formação sólida composta por minerais que surge
no órgão. “Os cálculos renais eles não surgem num período específico do ano.
Eles são frutos de um crescimento de cristais nos rins ao longo de vários anos
e que podem se manifestar em qualquer fase do ano.
O que
acontece é que muitas vezes, no período mais quente, as pessoas estão mais
sujeitas a desidratação. No período do verão, em que as pessoas estão mais
sujeitas a esta exposição ao calor, à perda de líquidos pelo suor, pelas
atividades físicas mais intensas, nesta fase há uma tendência maior a
desidratar e certamente isso poderá, sim, contribuir para o desenvolvimento, o
crescimento do cálculo”, alerta o Eduardo Café, professor adjunto da Escola
Bahiana de Medicina e Titular da Sociedade Brasileira de Urologia.
“Pessoas
que já têm uma pré-disposição pra o cálculo e, além disso, ingere pouco
líquido, ficam sujeitos a maior tempo, ao longo do dia, sem se hidratar
adequadamente certamente vão contribuir para aquele cálculo crescer e se
desenvolver ainda mais”, pontua o especialista, acrescentando que o correto é
“se cuidar e se hidratar adequadamente. As pessoas devem fazer isso de um modo
geral. A recomendação para pessoas que já têm o cálculo é que elas tomem uma
quantidade de líquido suficiente para produzir dois litros de urina, tomando
dois litros e meio a três litros de líquido por dia”.
Eduardo
Café observa que para as chamadas pedras nos rins não há recomendação
específica sobre um tipo de líquido ideal. “Se tomar dois litros de água ou
dois litros de chá de Quebra Pedra provavelmente o efeito será similar. Estudos
mostram que, na verdade, o líquido é importante qualquer que seja ele, o leite
e até a cerveja, diurético com potencial de hidratação. Mas nada deve ser
ingerido em excesso, porque pode se danoso para a saúde”, observa o
especialista, que põe o consumo de alimentos no mesmo patamar.
Para o
presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia na Bahia, Marco Antônio
Silveira, se a pessoa mantiver o nível de consumo de líquido no verão, da mesma
forma que o faz em épocas de temperaturas amenas, “acaba favorecendo o
surgimento de novos cálculos, porque a urina fica concentrada, já que a gente
perde mais líquido por outras vias”. Ele também recomenda uma boa quantidade de
ingestão líquida, principalmente nas pessoas que têm as referidas pedras
nos rins.
O
médico esclarece que cálculo renal não é uma doença, mas são várias doenças.
“Tem desde aquele paciente que tem cálculo apenas porque tem um volume urinário
muito baixo, apenas por uma questão simples de hábito alimentar, e aquele
paciente que tem problemas específicos que levam ao desenvolvimento de cálculo,
situações passíveis de tratamento. De forma geral é beber água suficiente para
manter sempre um bom volume urinário”, recomendou.
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