Andrés Sanchez voltou a falar com empolgação sobre a
possibilidade de tirar o Corinthians da Copa Libertadores da América. Presente
em Itaquera para apoiar a campanha 'Sangue Corinthiano' (que estimula a doação
de sangue) na manhã deste sábado, o ex-presidente e atual superintendente de
futebol do clube ganhou até claque de alguns torcedores ao seu redor no
discurso inflamado contra a Conmebol.
"Ainda vamos discutir se disputaremos a
Libertadores. Iremos ao Paraguai na terça-feira e, se não aumentarem as cotas,
o Corinthians não disputará. A gente entende que é ridículo receber mais
dinheiro no Campeonato Paulista, na Copa do Brasil e no Brasileiro do que na
Libertadores", disse Andrés, que aproveitará o sorteio dos grupos da
próxima edição do torneio continental para pleitear mais dinheiro para o clube.
A reivindicação é antiga, dos tempos em que Andrés
Sanchez ainda presidia o Corinthians. Mais recentemente, no entanto, o deputado
federal passou a utilizar a ameaça de deixar a competição (hipótese bastante
improvável) para que as suas palavras ganhassem maior repercussão.
"É preciso aumentar as cotas. Hoje, a gente não pode
nem colocar os nossos patrocínios no estádio quando a Conmebol chega aqui.
Essas coisas têm que mudar. Não tem cabimento. Então, se falarem que o caminho
é não disputar a Libertadores, o Corinthians não disputa, sem problema
algum", insistiu, sem quantificar o que vislumbra receber. "Não vou
falar em valores, mas o que se paga hoje é ridículo. O Corinthians jogou a
Libertadores três anos seguidos e ficou devendo."
Segundo o dirigente, a negociação com a Conmebol já
estava em andamento - e foi interrompida pelos escândalos de corrupção na
entidade sul-americana. "Quem é o presidente? Quem manda lá? Conversamos
com um, e ele está preso. Aí, conversamos com o segundo, e está preso",
gargalhou Andrés, sarcástico. O presidente interino é o uruguaio Wilmar Valdez,
sucessor do paraguaio Juan Ángel Napout.
Influente na política do futebol brasileiro, Andrés
Sanchez tem mais dificuldades para se impor a nível continental. "Se a
gente não disputar a Libertadores, não acontece nada. Como os argentinos
falam,'vocês, brasileiros, são só convidados'. Então, desconvida",
esbravejou o corintiano, já irritado com o assunto. "Hoje, está mais fácil
a gente não participar."
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