FONTE:, https://www.msn.com
Sua escova de dentes,
seus germes. Nossa boca abriga mais de 500 espécies de bactérias, e um único mL
de saliva contém milhões delas. A colonização da boca por bactérias faz parte
da nossa saúde e é algo com o que sempre vamos conviver. Companheirismo faz
bem, mas cuidado na hora de compartilhar: nem tudo deve ser de uso conjunto.
Apesar de toda as
pessoas terem essa coleção de bactérias, e de casais terem um acervo bastante
semelhante, devido à troca de saliva durante os beijos, o melhor é evitar
dividir a escova de dentes. A escova pode estar repleta de microorganismos,
como o vírus Herpes e a Candida albicans. Sofia Takeda Uemura (CROSP 29761),
membro do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), explica que
essas bactérias e vírus podem ser transmitidos para outra pessoa por meio da
escova. “Isso se chama infecção cruzada. Não significa que a pessoa vai ter
alguma disfunção por causa disso. Para que as doenças progridam, é preciso uma
série de outros fatores além da colonização bacteriana, como uma queda na
imunidade ou alguma alteração no estado de saúde. Mesmo sendo raro o
desenvolvimento de patologias, é melhor não compartilhar a escova”, recomenda a
profissional.
Se a troca de bactérias
e a possibilidade de desenvolver doenças não foram argumentos suficientes para
abandonar a escova do amado (ou amada), aqui vai uma informação poderosa: vestígios
de alimentos também podem ficar nas cerdas do objeto. Com certeza, o resto
mastigado da refeição do parceiro não é item de nenhuma dieta.
Outra dica: cuidado
para não compartilhar o local em que a escova fica guardada, porque mesmo que
você não use o objeto do parceiro, a contaminação pode ocorrer pelo contato
entre as cerdas. Nada de manter aquele copo de escovas no armário: se uma
encostar na outra, as bactérias podem passear entre os objetos. “O ideal é que,
após utilizar a escova de dentes, ela seja lavada em água corrente, sem
utilizar os dedos, e seca com batidinhas. Se possível, o indicado é ainda
passar um enxaguante bucal e guardá-la em local seco com algum tipo de
proteção, como capinhas para cerdas, desde que estas também sejam bem higienizadas”,
explica a dentista.