Amanda Ribas foi
suspensa em julho de 2017 após ser flagrada em exame antidoping
para o uso de ostarine, substância proibida pela USADA (agência antidoping
americana). Dois anos depois e com sua inocência provada - a atleta foi vítima
de contaminação -, a brasileira evitou lamentar o tempo perdido de carreira e,
em conversa exclusiva com a equipe de reportagem da Ag Fight, aproveitou para
elencar os pontos positivos desse período afastado dos octógonos.
Um dos fatores que
fizeram a peso-palha (52 kg) enxergar esse período afastado com bons olhos foi
o ganho de experiência. De acordo com Amanda, os dois anos sem lutar fizeram
com que ela finalmente estreasse no UFC, neste sábado (29), como uma atleta bem
mais calejada do que em 2017. Além disso, a brasileira também enxergou o lado
positivo de estar nos noticiários ao redor do mundo - mesmo que, nesse caso, de
uma forma negativa.
"Então, vou te
falar que esses dois anos passaram até rápido. No começo, quando me falaram da
suspensão, eu fiquei muito triste, muito chateada, porque eu não entendia. De
onde apareceu? E como apareceu aquilo no meu corpo? Só que, graças a Deus, a
USADA finalmente falou que foi contaminação. Foi um peso que saiu das minhas
costas, porque eu sabia que estava limpa, mas com a confirmação deles consegui
provar para todo mundo. E nesse tempo me tornei uma atleta muito mais
experiente, muito mais sábia em relação a tudo que eu posso crescer e fazer
dentro do UFC", narrou Amanda.
"Outro lado
positivo: eu mesmo sem ter lutado, com a divulgação da nota e de tudo que
envolveu o doping, eu fiquei muito mais conhecida do que muito atleta que já
lutou, entendeu? (risos). Isso foi bem legal também (risos). Claro, quem é
visto é lembrado, ainda mais no UFC. Vale muito a mídia, tem que vender. Então
eu uso a minha rede social direto, procuro sempre ficar postando as coisas, mas
sem esquecer de treinar (risos)", completou a lutadora mineira.
Após todo o tempo de
espera e às vésperas de seu primeiro combate no Ultimate, Ribas desabafa que
finalmente se sente uma atleta da organização. A brasileira encara Emily
Whitmire neste sábado no UFC Minneapolis. Vindo de duas vitórias consecutivas,
a americana promete ser um grande desafio no debute de Amanda na liga.
"Agora finalmente
estou me sentindo uma atleta do UFC, porque agora vou poder mostrar tudo que eu
venho treinando - não só nesses dois anos, não só nesses cinco anos que luto
MMA, mas a minha vida toda", celebrou a atleta, antes de analisar sua
próxima rival.
"A Emily vem de
duas vitórias, e isso para mim é demais, porque vou pegar uma atleta que está subindo
na categoria. Para ser a melhor, tem que ganhar da melhor. Isso eu levo ao pé
da letra. A Emily gosta de fazer chão também. Em pé deve ser uma luta bem
agitada, mas acho que vai acabar no chão. Eu espero (risos), estou treinando
para isso", concluiu a brasileira, em entrevista à equipe da Ag Fight.
Além de Amanda, outros
seis brasileiros entram em ação no UFC Minneapolis deste sábado para defender
as cores da bandeira nacional: Junior 'Cigano', Jussier 'Formiga', Demian Maia,
Ricardo 'Carcacinha', Vinicius 'Mamute' e Junior 'Baby'.
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