Muita
gente pode confundir gênero, sexo biológico e orientação sexual,
mas os três são coisas diferentes. Por isso, nenhum dos três aspectos deveria
ser sobreposto ao outro para definir uma pessoa, uma vez que todos eles fazem
parte da sexualidade humana.
Ainda está confuso? A
Universa conversou com o
psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório Transdisciplinar de
Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Instituto de Psiquiatria da USP,
e o psicólogo Breno Rosostolato, especialista em gênero, e explica a diferença:
Sexo
biológico.
É o aspecto físico do
ser humano, que está diretamente relacionado à presença de um pênis ou uma
vagina. Pediatras declaram, no momento do nascimento de um bebê, se ele é macho
ou fêmea, levando em consideração a leitura visual do corpo da criança.
Gênero.
Por muito tempo,
"gênero" foi usado de forma errada como sinônimo de "sexo".
No entanto, gênero é uma construção sócio-cultural sobre o que se entende o que
é masculinidade e feminilidade. O conceito do que "é
de menina ou de menino" surge na união de diversos
fatores que determinam como cada gênero deve falar, deve se portar, por
exemplo. No entanto, por ser uma leitura social, gênero é mutável.
Segundo os
especialistas, gênero é, muitas vezes, confundido com identidade de gênero.
Enquanto o primeiro é construção social, o segundo é como um indivíduo se
entende como pessoa e como expressa quem é.
Orientação
sexual.
Não tem absolutamente
nada a ver com os dois termos anteriores, mas ainda assim acaba sendo
confundido com eles. Orientação
sexual é como uma pessoa compreende e direciona o seu
desejo sexual. Se é por um homem, uma mulher, por ambos ou para outras
identidades de gênero.
O importante é entender
que a orientação sexual não tem nada a ver com o gênero da pessoa. Por exemplo,
um homem transgênero (aqui estamos falando de identidade de gênero) pode se
sentir atraído por outros homens -- esta é a orientação sexual dele. Neste
caso, ele é homossexual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário