Resumo da
notícia
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O
feedback negativo gera um misto de sentimentos como constrangimento, medo e
raiva
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Tornar-se
mais resiliente depende muita da forma como se escuta e recebe a critica
severa
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Ouça
e não associe negativamente suas capacidades e competências, sendo que não é
momento para se diminuir
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Nem o mais bem
resolvido dos seres consegue manter-se firme após uma crítica, se for daquelas
mais pesadas, piorou! O feedback negativo faz qualquer um dar uma titubeada e,
na hora, ao ser pego de surpresa, um misto de sentimentos podem surgir como
constrangimento, medo e raiva. O impacto pode ser muito nocivo transformando a
crítica em um motivo para recuar, desmotivar e até alimentar traumas.
Portanto, se após uma
crítica severa, a pessoa desenvolve medo, tristeza, abala sua confiança e sua
autoestima, não dorme ou não se alimenta direito, se sente muito ameaçada, é
importante buscar ajuda profissional para conseguir ressignificar o problema.
Afinal, isso pode indicar que o indivíduo está entrando em um processo de
estresse e precisa de apoio.
Claro que, ao longo da
vida, muitos de nós já passamos por uma situação semelhante a essa, mas é
preciso ter muito cuidado ao discernir a opinião alheia. "Não podemos
apenas nos perceber pelo olhar do outro", avisa Denise Pará Diniz,
psicóloga comportamental e coordenadora do setor de gerenciamento estresse e
qualidade de vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Na prática,
dificilmente estamos prontos para um feedback negativo, e esse episódio
inesperado provoca certo atordoamento. "Esse é um momento importante que
exige algum tipo de mudança, por isso é fundamental analisar como irá se adaptar
a isso, mas sem abrir mão de seus próprios valores e crenças", completa a
especialista. O desafio é justamente encontrar esse meio termo e, para
conseguir tal proeza, é essencial aprender a ser mais resiliente.
Faça
do limão uma limonada!
O ditado é velho, mas
atemporal. E aqui a dica não é dar de ombros para a crítica recebida, mas
transformá-la em algo proveitoso. Manter a flexibilidade em um momento como
este é uma oportunidade de crescimento. "A crítica pode ensinar a pessoa a
lidar melhor com as percepções do outro, ressignificar o que recebe, aceitando
que cada um pode ter percepções diferentes, dar significados distintos do seu,
não reconhecer e até reprovar algo em você", fala Diniz. E o grande
aprendizado é não colocar expectativa sobre o ocorrido, mas elaborar e tirar
algum benefício desse episódio.
E para um feedback ruim
nos tornar mais resilientes e nos ajudar a crescer diante das dificuldades,
depende muita da forma como se escuta e recebe isso. "O importante é
observar aquela situação e tentar buscar uma solução para resolver esse
desafio, para sentir-se mais forte", comenta a psicóloga Claudia Puntel,
professora e supervisora da pós-graduação em Gestalt-Terapia da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Ou seja, critica alguma
deve paralisar ou provocar desejo de vingança, emoções que podem apenas
atrapalhar. Ela deve mesmo servir de estímulo para possíveis correções, e se o
tom agressivo for muito elevado, afaste-se! O respeito entre fala e escuta
sempre deve prevalecer.
Passo
a passo para enfrentar a situação.
Essa não é uma tarefa
fácil, por isso esse passo-a-passo pode ajudar a lidar melhor com a situação e
tirar algum proveito dela.
1.
Escute integralmente.
Respire fundo e procure assimilar as informações que estão sendo colocadas. "A crítica pode nos fazer sentir ofendido, e o primeiro impulso é responder de forma mal-educada. Mas não confronte! Abra um espaço para reflexão, avalie qual seu papel naquele contexto, qual intenção da pessoa, pois nunca somos o dono da razão", diz a psicóloga Priscila Gasparini Fernandes, psicanalista com especialização em neuropsicologia e neuropsicanálise, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), também atende no Hospital Beneficência Portuguesa.
Respire fundo e procure assimilar as informações que estão sendo colocadas. "A crítica pode nos fazer sentir ofendido, e o primeiro impulso é responder de forma mal-educada. Mas não confronte! Abra um espaço para reflexão, avalie qual seu papel naquele contexto, qual intenção da pessoa, pois nunca somos o dono da razão", diz a psicóloga Priscila Gasparini Fernandes, psicanalista com especialização em neuropsicologia e neuropsicanálise, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), também atende no Hospital Beneficência Portuguesa.
2.
Não jogue o jogo do outro.
Existem pessoas destruidoras, agressivas e competitivas, mas não caia nessa armadilha. Ouça e não associe negativamente suas capacidades e competências, sendo que não é momento para se diminuir. "Não migre emocionalmente de uma autoavaliação positiva para 'eu sou um fracassado', lembre-se que ali podem ter dicas boas e que vale interpretá-las", diz Diniz. Portanto, a crítica deve ser embasada para que a pessoa consiga se enxergar nela, assim fica mais fácil lidar com este instrumento de devolutiva que pode pontuar coisas ajudando a melhorar.
Existem pessoas destruidoras, agressivas e competitivas, mas não caia nessa armadilha. Ouça e não associe negativamente suas capacidades e competências, sendo que não é momento para se diminuir. "Não migre emocionalmente de uma autoavaliação positiva para 'eu sou um fracassado', lembre-se que ali podem ter dicas boas e que vale interpretá-las", diz Diniz. Portanto, a crítica deve ser embasada para que a pessoa consiga se enxergar nela, assim fica mais fácil lidar com este instrumento de devolutiva que pode pontuar coisas ajudando a melhorar.
Para aliviar o momento
de tensão, desconecte-se um pouco do que está sendo dito como se aquilo não
fosse para você. Isso pode ajudar a não ter a obrigação de reagir naquele
momento. Processar com calma é essencial para tirar melhor proveito da
situação.
3.
Sacuda a poeira!
Elabore, escute a si mesmo, pense a respeito. Deixe a emoção de lado, e reflita sobre os pontos positivos e negativos. Use essa crítica em seu favor, e não contra você! É natural errar, mas todos temos potencial para recuperar e melhorar. Por isso, é essencial focar na solução, sem melindres! A resiliência ajuda a enfrentar este tipo de episódio de forma mais amena, menos traumática.
Elabore, escute a si mesmo, pense a respeito. Deixe a emoção de lado, e reflita sobre os pontos positivos e negativos. Use essa crítica em seu favor, e não contra você! É natural errar, mas todos temos potencial para recuperar e melhorar. Por isso, é essencial focar na solução, sem melindres! A resiliência ajuda a enfrentar este tipo de episódio de forma mais amena, menos traumática.
4.
Corrija o que for preciso.
Passado o turbilhão, procure crescer diante do problema. Nada melhor que uma atitude correta para provar que realmente assimilou e resolveu a questão. E lembre-se: a vida são altos e baixos, e todos temos pontos positivos e negativos, e devemos aprender a lidar com eles de forma sensata. Isso ajuda a enfrentar melhor as críticas, mesmo aquelas mais severas. O processo de autoconhecimento é fundamental para alimentar a autoestima e a autoconfiança, e com isso fica mais fácil ter discernimento para filtrar o que recebe de terceiros.
Passado o turbilhão, procure crescer diante do problema. Nada melhor que uma atitude correta para provar que realmente assimilou e resolveu a questão. E lembre-se: a vida são altos e baixos, e todos temos pontos positivos e negativos, e devemos aprender a lidar com eles de forma sensata. Isso ajuda a enfrentar melhor as críticas, mesmo aquelas mais severas. O processo de autoconhecimento é fundamental para alimentar a autoestima e a autoconfiança, e com isso fica mais fácil ter discernimento para filtrar o que recebe de terceiros.
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