segunda-feira, 26 de outubro de 2009

EMPREGO EM ALTA...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Carlos Alberto de Jesus, Maria Cláudia Lima e Ricardo Ferreira. Histórias distintas, mas uma coisa em comum: conseguiram uma colocação no mercado de trabalho nos últimos meses. Eles fazem parte de uma verdadeira legião de baianos beneficiados com a criação de novos postos de emprego formal. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que a Bahia já acumula neste ano 54.740 mil novos empregos.Além de darem nome e sobrenome ao aumento da empregabilidade, Carlos Alberto, Maria Cláudia, Ricardo Ferreira foram inseridos no mercado de trabalho por meio do SineBahia, serviço estadual de intermediação vinculado a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). De janeiro a setembro deste ano, o SineBahia colocou 46.005 pessoas trabalhando com carteira assinada em todo o Estado, o que representa um aumento de 13,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Há seis meses como operadora de caixa numa loja de autopeças, Maria Cláudia, 28 anos, não aguardou mais do que uma semana desde a sua primeira ida ao SineBahia para conquistar uma vaga de trabalho. “Confesso que fiquei surpresa com a rapidez. Estava no lugar certo e na hora certa.”, brinca Maria Cláudia, que ficou desempregada por quase dois anos.Ela conta que antes de fazer a seleção na empresa passou pelas diversas fases de testes e dinâmicas de grupo realizadas pela equipe do SineBahia. “Na minha volta ao mercado de trabalho, percebi que a exigência por qualificação está cada vez maior”, identificou a operadora de caixa, que pretende fazer faculdade de Administração.
PERSISTÊNCIA.
Estoquista também da mesma loja, Ricardo Ferreira, 25 anos, conta que foi persistente na sua luta. “Pesquisava diariamente as vagas numa lan house perto de minha casa. Como trabalhava durante o dia num lava-jato, eu só ia ao SineBahia do SAC do Shopping Iguatemi, que funciona no horário noturno. Lá, todo mundo já me conhecia”, brincou. Antes de conseguir o seu atual emprego, Ricardo tinha passado por outras quatro seleções para diferentes empresas. “Recomendo a quem está à procura de emprego que seja perseverante”, aconselha.Parceiro do SineBahia há um ano, O Baratão Autopeças conta com 12 funcionários recrutados por meio do serviço estadual de intermediação. “Nós solicitamos o perfil da vaga e o SineBahia nos envia o candidato. Isto facilita muito o nosso trabalho de seleção”, explica Déia Silva Conceição, coordenadora de Recursos Humanos da loja.Recém-contratado como vendedor da ProRural, loja de produtos veterinários e para fazendas, Carlos Alberto de Jesus, 37 anos, ainda está em fase de experiência no novo emprego. “Tenho experiência no ramo de vendas, mas nunca tinha trabalhado com esse tipo de produto. Estou aprendendo aos pouquinhos”, revela o vendedor, que trabalha com comércio desde os 15 anos de idade.Durante os três meses que ficou fora do mercado, Carlos Alberto participou de treinamentos na unidade central do SineBahia. “Fiz um curso de técnicas de vendas, que foi muito útil para mim”, conta Carlos Alberto, que conseguiu o emprego anterior, como vendedor, na Ricardo Eletro, também por meio do serviço estadual de intermediação para o trabalho.
SETEMBRO: 10.675 FORMAIS.
Em setembro foram criados 10.765 mil novos empregos formais. Os números até setembro já asseguram à Bahia fechar o ano com um desempenho melhor que em 2008, quando foram criados 40.928 postos de trabalho. Na verdade, o estado acompanha o ritmo do Brasil que, em setembro registrou o melhor resultado deste ano, com 252,6 mil novos postos de trabalho. O acumulado dos nove meses –janeiro a setembro- chega a 932,6 mil novos empregosCabe ao Nordeste 40% desse total. Na realidade, em setembro, pela primeira vez no ano, a região nordestina superou o Sudeste (85,8 mil novos postos de trabalho) na criação de empregos formais. Isto é, trata-se de emprego com carteira assinada. Especialistas ressaltam que o Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 2,2% no primeiro semestre, enquanto o PIB nacional registrou queda de 1,46%.O governador Jaques Wagner aposta numa retomada neste segundo semestre e ressalta que o setor de celulose já opera no mesmo nível de produção pré-crise. Estado mais industrializado da região, a Bahia tem na petroquímica um dos pilares da sua economia. Wagner observa que a “situação foi segurada na unha”, mas os recursos dos programas estaduais e federais não acessaram. As obras do PAC Saneamento, por exemplo, asseguraram a manutenção de inúmeros postos de trabalho.
NOVO MODELO DE INTERMEDIAÇÃO.
“Os números de colocados por meio do SineBahia demonstra o empenho que o Governo do Estado vem realizando na qualificação dos trabalhadores e na ação de captação de vagas junto às empresas”, destaca o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos. Para colocar mais trabalhadores no mercado com carteira assinada, o SineBahia reformulou sua metodologia de atuação a partir da inauguração da unidade central, em janeiro de 2008, em Salvador. Nos próximos dois meses, outubro e novembro, serão ofertados cerca de dez mil empregos pelo SineBahia. Serão quatro mil vagas para a Região Metropolitana de Salvador e seis mil para o interior do estado. Hoje, estão em funcionamento 119 unidades do SineBahia em 105 municípios baianos. Na capital, além da central existem as unidades dos postos dos SACs dos shoppings Iguatemi, Barra e Salvador e nos bairros do Comércio, Liberdade, Cajazeiras, Periperi, Pernambués e Pau da Lima.
ICMS MANTÉM ALTA – A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo estadual, deverá obter, em outubro, o seu quarto mês de crescimento sucessivo, com variação de 1,3% em relação a setembro. O total estimado é de R$ 875 milhões.Confirmando essa previsão, será o melhor desempenho do ano, maior do que setembro (R$ 864,03 milhões), agosto (R$ 823,3 milhões), julho (R$ 806,7 milhões) e junho (R$ 775,2 milhões). A previsão e da Superintendência de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), que utiliza um modelo econométrico, levando em conta as variáveis macroeconômicas de política fiscal e econômica para prever o desempenho mensal.

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