quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ÉTICA NO ESPORTE...

FONTE: LIGA DE FUTSAL DE JEQUIÉ (ligadefutsaldejequie@hotmail.com)

É normal querermos vencer, não só nos jogos que disputamos, mas vencer também na vida cotidiana, queremos chegar ao topo da carreira profissional, ser reconhecidos pelo bom trabalho que fizemos e nos destacarmos no meio da multidão por fazermos algo de bom. Mas um verdadeiro vencedor consegue enxergar a derrota como algo não tão distante, e por isso mesmo ele consegue os melhores resultados: enquanto os prepotentes se enxergam como infalíveis e "não conseguem encontrar nada para melhorar, pois é o melhor e ninguém irá vencê-lo", o verdadeiro vencedor confia no seu potencial, mas jamais subestima o dos adversários, e será perfecconista ao extremo para chegar próximo a perfeição, e assim fazer sua parte para assegurar o resultado positivo, mas claro, sabendo que num jogo tudo pode acontecer, e assim tomará cuidados no jogo que o prepotente não tomará.
Um exemplo de campeão é o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, que mesmo com a melhor seleção de vôlei do mundo de todos os tempos, atual bi-campeã consecutiva da copa do mundo, atual campeã olímpica e atual tetra campeã consecutiva da liga mundial, ele não para de orientar seus jogadores, buscar os erros e, ao contrário de técnicos que acabam desestimulando os seus subordinados, Bernardinho é uma referência que passa segurança, que não reclama apontando defeitos no pessoal de cada atleta, mas simplesmente na tática, pois na técnica da equipe ele confia.
Quando a disputa é consigo mesmo, como passar de ano no colégio ou buscar uma alimentação mais sadia, é preciso se esforçar, claro, mas tudo depende de você. Mas quando no jogo existem adversários, como num vestibular ou num esporte individual, será um duelo entre sua técnica e a do adversário, e se for esporte coletivo, o controle da própria equipe não depende de você, então, imagine o jogo como um todo, em que o adversário pode estar inspirado.
O importante é mostrar garra e determinação, porque se o adversário não a tiver, você sairá na frente da disputa, e se ele também o tiver, será um duelo muito disputado, e o nível da competição será muito interessante para quem está assistindo(no caso de ser esporte), o que eleva o grau de entusiasmo, e quem não gosta de um jogo disputado?
Mais importante que tudo: em tudo na vida, é preciso jogar limpo. Jogar na regra não basta, pois esta não cobre todos os padrões de boa conduta, e sem ética o mundo vira um inferno, e estamos nesse mundo para viver em harmonia, todos fazendo sua parte e dando o bom exemplo, pois existe espaço para todos aqui, e apesar da vontade de vencer, as disputas tem de ser justas, e a técnica e a garra devem determinar o vencedor de uma disputa, e não fatores externos. A mentira tem pernas curtas, e um exemplo é o futebol: hoje os atletas estão praticamente confinados num 'big brother' em que não se pode molestar o adversário sem a câmera flagrar, e ainda bem que a tecnologia tem esse ponto positivo nos esportes, já que é a tecnologia que tem proporcionado a criação de drogas de laboratórios que aumentam o rendimento do atleta, o maior desafio dos esportes nesse século.
Independente de que exista tecnologia ou não, a ética é necessária para o bom andamento do planeta, seja nos esportes ou na vida cotidiana. E aí entra o esporte como instrumento de educação, levando para crianças pobres que não desfrutaram da boa educação pública uma metáfora da vida, já que na vida ganhamos e perdemos, assim como no esporte, e neste também aprendemos a lidar com a frustração, e também, a ter garra para lutar por nossos sonhos, e sermos cidadãos éticos, pois o que distingue um ser é o seu caráter em 1º lugar, e no caso dos esportes, sua técnica e garra em 2º, e num duelo entre jovens da periferia e jovens de classe média alta numa partida de futebol, o jogo começa 0 a 0, todos com chances iguais até o apito soar e em campo vencer quem descreveu melhor a sua história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário