segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O SENADO É O LIMITE...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

O prefeito João Henrique pode estar sendo precipitado ao admitir disputar o Senado no próximo ano e passar o bastão para o seu vice, Edvaldo Brito, que completaria os dois anos seguintes de mandato. Ele sabe de suas responsabilidades para com a cidade, uma das maiores e mais importantes do País, embora com gravíssimos problemas de falta de recursos e, consequentemente, de infraestrutura. Eleito senador, seria um reforço importante na captação de verbas para Salvador. Agora, pergunta-se: quais são as chances reais de o prefeito chegar à chamada Câmara Alta? Se ele não meter as caras nunca vai saber. É possível que pesquisas estejam sendo realizadas principalmente no interior baiano para uma avaliação mais próxima da realidade. Já ouvi, inclusive de adversários seus, que João tem cacife eleitoral para chegar lá. Fontes com olhos e ouvidos sempre atentos ao que se passa na esfera municipal atestam que o prefeito já teria tomado a decisão de enfrentar um novo desafio. Já disse e repito: este á um problema dele. A dobradinha com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, candidato declarado ao governo do Estado, deve render boas surpresas ao partido em termos também de ampliação de suas bancadas local e nacionais. No caso de João, por exemplo, sua entrada em cena, provavelmente como único nome do PMDB ao Senado (cada partido ou coligação pode lançar duas alternativas, já que há duas vagas a serem preenchidas) vai funcionar como uma espécie de vagão principal para fazer chegar ao seu destino (Câmara dos Deputados) a sua mulher, a atual deputada estadual, Maria Luiza. Obviamente, salvo o surgimento de alguma excepcionalidade, uma constante na nossa política, João terá o respaldo da poderosa máquina peemedebista baiana, hoje presente nos quatro cantos do Estado, sem falar nos seus mais de cem prefeitos. Um reforço fundamental à sua suposta candidatura ao Senado deverá ser dado pelo pai, o ex-governador e senador João Durval, considerado como homem de peso dentro e fora da capital. Há, aparentemente, uma questão que ainda não está resolvida ou, aliás, pode vir a sofrer revezes. Refiro-me às coligações partidárias. Elas só se formalizarão durante as convenções de junho (ou julho?) do ano que vem. Mas já sabemos que há aí uma miscelânea política terrível: João encontra-se no PMDB, enquanto Maria Luiza no PSC e João Durval no PDT, que fechou recentemente com o governador Jaques Wagner. Durval não largará o filho para ninar um representante petista ou de qualquer outra legenda. E como fica a tal da lei de fidelidade partidária que existe, todo mundo faz de conta que a cumpre e, ao mesmo tempo, a ignora por completo.

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