sábado, 24 de outubro de 2009

SÓ SUPOSIÇÃO...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

São insistentes os comentários dando conta da candidatura do prefeito João Henrique ao Senado Federal. Na sua primeira gestão, os rumores eram de que ele largaria a prefeitura para concorrer ao governo do Estado, hipótese avaliada desde o início como improvável. Afinal, ele acabara de ser eleito para comandar Salvador por quatro anos e apesar da popularidade em alta àquela época pegaria mal abandonar o barco no meio do caminho. Optou então por cumprir seu calvário e assistir a vitória de Jaques Wagner sobre Paulo Souto. João, que voava em céu de brigadeiro, viu-se, de repente, ruir seus sonhos e aspirações. Até o seu futuro político parecia comprometido já que sua reeleição beirava à casa do impossível. A rejeição ao seu nome teimava ultrapassar aos 60%. ACM Neto e Antonio Imbassahy desfilaram durante vários meses como majestades à beira do trono. A reviravolta do prefeito veio com a sua transferência para o PMDB. Antes mesmo disso, e na falta de um apoio explícito do governo do Estado, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) fizera a ponte com a prefeitura, analisando e proporcionando verbas para socorrer a cidade nas suas necessidades básicas. Já no PMDB, João, independentemente das divergências pontuais com o novo partido, sentiu na pele o milagre da transformação. Acabou reeleito com relativa folga sobre o deputado e hoje secretário estadual de Planejamento, Walter Pinheiro. O prefeito parte para o seu segundo ano de administração. Talvez acredite que chegou o momento de mudar. É um direito dele. Como foi um direito dele há tempos não tão longínquos amaldiçoar o PT e responsabilizar o partido por parte da instabilidade atravessada pela administração. Se prevalecer a coerência, sabemos que nosso alcaide sairá na chapa encabeçada por Geddel. Será um desafio e tanto, embora João Henrique conte a seu favor com a força política do senador João Durval e do próprio Geddel, o que faz com que o percurso a ser realizado seja menos espinhoso. Óbvio que os adversários o tacharão de traidor. Mas esse é o tipo de praga já fora de moda. A suposta saída de João levará o vice-prefeito Edvaldo Brito à condição de titular da pasta. Brito tem experiência com o poder e deve estreitar ainda mais suas relações com o PMDB de Geddel. Quanto ao atual prefeito... O futuro, senhor da razão, nos dirá em breve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário