FONTE: Biaggio Talento e Tássia Correia (A TARDE).
Cena comum na “cracolândia” do Centro Histórico da capital baiana: jovens fumam em plena luz do dia.
Considerado um dos mais sérios problemas de saúde pública e social da Bahia, o consumo de crack cresceu no Estado a ponto de já ser encarado como uma epidemia pelas autoridades. O preço baixo da pedra, R$ 1, a rapidez com que a droga vicia e o sistema de assistência precária aos dependentes têm agravado a situação e, por essa razão, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, com apoio do Ministério da Justiça, pretende lançar, na sexta-feira, o Plano Operativo Tripartite do Programa Federal “Ações Integradas da Prevenção ao Uso de Drogas e Violência”.
A situação é alarmante. Dos 1.577 assassinatos e latrocínios que ocorreram na Bahia no ano passado, 85% foram provocados pelo tráfico de drogas, tendo o crack como a locomotiva, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A exemplo de outras capitais, Salvador também tem a sua “cracolândia”, que se localiza no Centro Histórico, o que tem deixado os comerciantes e moradores da região, que vivem basicamente em função do turismo, traumatizados, pois o crack criou um exército de viciados que circulam praticando pequenos furtos.
“NEGÓCIO TERRIVEL” - “É um negocio terrível pra gente”, desabafa o comerciante Clarindo Silva, dono da tradicional Cantina da Lua, situada no Terreiro de Jesus, que atua na região há mais de 55 anos. “Tem um menino aqui que me trata bem, me abraça e beija. Mas quando está drogado... me desconhece. Ele chegou aqui com uns oito anos, hoje deve ter uns quinze. Era até gordinho e hoje é pele e osso. Esse é um exemplo de que eles estão crescendo na droga”, contou.Clarindo está acostumado a conviver de perto com os jovens e crianças que vivem pelas ruas do ponto turístico. “Cada um tem uma história. Um não fica em casa porque apanha do pai, o outro da mãe... Pra eles o Pelourinho vira um paraíso. Tem facilidades que os bairros periféricos não têm.”
Considerado um dos mais sérios problemas de saúde pública e social da Bahia, o consumo de crack cresceu no Estado a ponto de já ser encarado como uma epidemia pelas autoridades. O preço baixo da pedra, R$ 1, a rapidez com que a droga vicia e o sistema de assistência precária aos dependentes têm agravado a situação e, por essa razão, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, com apoio do Ministério da Justiça, pretende lançar, na sexta-feira, o Plano Operativo Tripartite do Programa Federal “Ações Integradas da Prevenção ao Uso de Drogas e Violência”.
A situação é alarmante. Dos 1.577 assassinatos e latrocínios que ocorreram na Bahia no ano passado, 85% foram provocados pelo tráfico de drogas, tendo o crack como a locomotiva, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A exemplo de outras capitais, Salvador também tem a sua “cracolândia”, que se localiza no Centro Histórico, o que tem deixado os comerciantes e moradores da região, que vivem basicamente em função do turismo, traumatizados, pois o crack criou um exército de viciados que circulam praticando pequenos furtos.
“NEGÓCIO TERRIVEL” - “É um negocio terrível pra gente”, desabafa o comerciante Clarindo Silva, dono da tradicional Cantina da Lua, situada no Terreiro de Jesus, que atua na região há mais de 55 anos. “Tem um menino aqui que me trata bem, me abraça e beija. Mas quando está drogado... me desconhece. Ele chegou aqui com uns oito anos, hoje deve ter uns quinze. Era até gordinho e hoje é pele e osso. Esse é um exemplo de que eles estão crescendo na droga”, contou.Clarindo está acostumado a conviver de perto com os jovens e crianças que vivem pelas ruas do ponto turístico. “Cada um tem uma história. Um não fica em casa porque apanha do pai, o outro da mãe... Pra eles o Pelourinho vira um paraíso. Tem facilidades que os bairros periféricos não têm.”
VICIADOS E DEVEDORES - A promotora de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado da Bahia, Marli Barreto, explica que entre os jovens envolvidos em delitos que são recebidos por ela, existem dois perfis mais frequentes. “Atendemos jovens que vivem com suas famílias e muitas nem sabem que eles têm envolvimento com drogas. E existem também aqueles que já têm vivência de rua e, devido ao uso da droga, passam a dever a traficantes e precisam migrar para outros bairros, como Pelourinho”. A preferência pelo bairro histórico é justificada pela grande quantidade de turistas e soteropolitanos circulando nessa região. As esmolas, e até mesmo as refeições e lanches que são dados pelas pessoas, são usadas para compra de pedras de crack.
“Eles pegam a quentinha, a lata de leite, dizem que vão levar pra dividir com um irmão, e vendem pra comprar droga”, explica o comerciante Clarindo Silva.
“Eles pegam a quentinha, a lata de leite, dizem que vão levar pra dividir com um irmão, e vendem pra comprar droga”, explica o comerciante Clarindo Silva.
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