FONTE: por Joel Rennó Jr. (www2.uol.com.br).
RESPOSTA: As pessoas usam o termo depressão com vários sentidos. Temos que ter muito cuidado com tais definições.
"Quando o diagnóstico de "depressão maior" é bem realizado, o uso de antidepressivos é fundamental. A psicoterapia interpessoal, comportamental e cognitiva, entre outras, também é importante".
Depressão para as pessoas leigas pode significar um sentimento temporário de tristeza ou luto, reativo a alguma perda afetiva ou financeira, frustração, desilusão, doença, incapacitação ou baixa autoestima.
Muitas pessoas (até bem intencionadas) falam que tiveram depressão e se julgam no direito de dar orientações, sem estarem preparadas para isso. Falam que simples medidas podem eliminar a depressão, como se a depressão fosse igual para todos. Será que realmente tiveram a doença depressiva na sua essência, bem diagnosticada pelo psiquiatra?
Portanto, em primeiro lugar, precisamos saber se a depressão a que todos se referem é a doença ou transtorno mental conhecido como "depressão maior" diagnosticado pelo especialista que é o psiquiatra.
Na doença depressiva ("episódio depressivo maior") há sintomas como tristeza, desânimo, humor deprimido, anedonia (perda de prazer ou interesse por atividades cotidianas), pensamentos negativos (morte, culpa, ruína, menos valia), diminuição da atenção/concentração com prejuízos de memória, lentificação psicomotora ou até, pelo contrário, agitação, além das alterações do sono e apetite. Tais sintomas têm que estar presentes por pelo menos duas semanas, na maior parte dos dias, causando grande sofrimento e incapacitação.
Quando o diagnóstico de depressão maior é bem realizado, o uso de antidepressivos é fundamental. A psicoterapia interpessoal, comportamental e cognitiva, entre outras, também é importante. Práticas complementares de atividades físicas, atividades de lazer, yoga, meditação e até acupuntura (de acordo com o interesse de cada indivíduo) ajudam, porém, nos casos mais leves. Indico tais atividades complementares aos meus pacientes, porém, não podemos deixar de fornecer também os recursos médicos com comprovações científicas. Muitos quadros de depressão são subtratados, havendo persistência de sintomas residuais - principal fator de recorrências ou cronificação da doença depressiva; isso pode se tornar muito sério.
Cabe lembrar que a depressão é uma doença com componentes biológicos, psicológicos e sociais. É complexa e heterogênea, completamente diferente entre os diferentes indivíduos, com níveis de gravidade variáveis. Não há fórmulas mágicas ou verdades absolutas.
RESPOSTA: As pessoas usam o termo depressão com vários sentidos. Temos que ter muito cuidado com tais definições.
"Quando o diagnóstico de "depressão maior" é bem realizado, o uso de antidepressivos é fundamental. A psicoterapia interpessoal, comportamental e cognitiva, entre outras, também é importante".
Depressão para as pessoas leigas pode significar um sentimento temporário de tristeza ou luto, reativo a alguma perda afetiva ou financeira, frustração, desilusão, doença, incapacitação ou baixa autoestima.
Muitas pessoas (até bem intencionadas) falam que tiveram depressão e se julgam no direito de dar orientações, sem estarem preparadas para isso. Falam que simples medidas podem eliminar a depressão, como se a depressão fosse igual para todos. Será que realmente tiveram a doença depressiva na sua essência, bem diagnosticada pelo psiquiatra?
Portanto, em primeiro lugar, precisamos saber se a depressão a que todos se referem é a doença ou transtorno mental conhecido como "depressão maior" diagnosticado pelo especialista que é o psiquiatra.
Na doença depressiva ("episódio depressivo maior") há sintomas como tristeza, desânimo, humor deprimido, anedonia (perda de prazer ou interesse por atividades cotidianas), pensamentos negativos (morte, culpa, ruína, menos valia), diminuição da atenção/concentração com prejuízos de memória, lentificação psicomotora ou até, pelo contrário, agitação, além das alterações do sono e apetite. Tais sintomas têm que estar presentes por pelo menos duas semanas, na maior parte dos dias, causando grande sofrimento e incapacitação.
Quando o diagnóstico de depressão maior é bem realizado, o uso de antidepressivos é fundamental. A psicoterapia interpessoal, comportamental e cognitiva, entre outras, também é importante. Práticas complementares de atividades físicas, atividades de lazer, yoga, meditação e até acupuntura (de acordo com o interesse de cada indivíduo) ajudam, porém, nos casos mais leves. Indico tais atividades complementares aos meus pacientes, porém, não podemos deixar de fornecer também os recursos médicos com comprovações científicas. Muitos quadros de depressão são subtratados, havendo persistência de sintomas residuais - principal fator de recorrências ou cronificação da doença depressiva; isso pode se tornar muito sério.
Cabe lembrar que a depressão é uma doença com componentes biológicos, psicológicos e sociais. É complexa e heterogênea, completamente diferente entre os diferentes indivíduos, com níveis de gravidade variáveis. Não há fórmulas mágicas ou verdades absolutas.
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