sábado, 27 de novembro de 2010

É PRECISO DAR UMA CHANCE À PAZ...

Sabemos que o homem, apesar de racional, é um ser beligerante. Ao longo de sua história na face da Terra, ele sempre usou a força bruta para fazer valer a sua vontade e supremacia sobre os demais. Em vários períodos, os exércitos dos generais mais valentes tomavam para si as cidades conquistadas, submetendo seu povo.
Era comum, naquela época, os gladiadores se enfrentarem em luta corporal. Nos espetáculos, abertos ao público, os mais fortes superavam seus rivais. Era o que podemos chamar hoje de violência consentida.
Os guerreiros que sobreviviam tornavam-se uma espécie de heróis, pois os imperadores lhes concediam privilégios, num claro elogio ao uso da luta para se conquistar prestígio. Para destruir os inimigos, os homens modernos lançam mão de armas poderosas, de indescritível poder letal, mas que cumprem o mesmo objetivo de seus antepassados: destruir os inimigos. Atualmente, populações de grandes cidades podem ser eliminadas pela explosão de um único míssil atômico.
A recente crise que eclodiu na Ásia – desencadeada por testes de mísseis de longo alcance, disparados pela Coréia do Norte no mar do Japão –, vem causando impacto nas superpotências mundiais. Tais ações preocupam seriamente a humanidade. A situação é tão grave que, países como EUA, Rússia, China, Inglaterra, França e Japão estão promovendo uma corrida diplomática no sentido de demover autoridades da Coréia do Norte de continuar com tais testes. Anos após o mundo ter superado a tensão da Guerra Fria, entre Ocidente e Oriente, o terror toma conta do planeta e ameaça a paz entre as nações.
Um terror pelo terror, que, sabemos, através de seus atos insanos, é capaz de ceifar a vida de centenas e até milhares de pessoas inocentes num só dia. Seriam as crescentes ondas de violência em massa o prenúncio do apocalipse? Estaria o homem dando os primeiros e irrefreáveis passos para o abismo do fim dos tempos? Na verdade está faltando racionalidade aos homens. Eles se estranham, não se entendem e mergulham numa preocupante Torre de Babel. Por onde anda a nobreza humana?
Será que os conhecimentos adquiridos em milhares de anos de civilização não valeram para nada? Não é possível! Mas por razões mesquinhas, pequenas, seres humanos têm, seqüencialmente, destruído sua própria espécie.
Se a insanidade persistir, o homem, mais do que nunca e em proporções inimagináveis, irá se tornar o lobo do homem. É preciso que os poderosos se conscientizem de que é na mesa de negociação, e não nos campos de batalha, que poderão conquistar a paz.
A paz que vem sendo sabotada pela ignorância e desumanidade daqueles que não acreditam que a harmonia entre os povos é possível.

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