FONTE: Terra, TRIBUNA DA BAHIA.
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 50 anos, que pode ser fuzilado na Indonésia em breve, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo ter esperança de que a presidente Dilma Rousseff intervenha para evitar sua morte. "A única pessoa que pode me salvar é ela (Dilma). Peço para ela ao menos tentar me ajudar. De presidente para presidente, talvez ela resolva. Quem sabe ela resolve e consegue abaixar a minha pena para prisão perpétua", afirmou Moreira, condenado à morte em 2004 por tentar entrar, no ano anterior, com 13,4 kg de cocaína no país. O instrutor de voo livre perdeu todos os recursos na Justiça e, na semana passada, um procurador disse ao jornal The Jakarta Post que o brasileiro será executado nas próximas semanas, o que sinaliza que o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, rejeitou o pedido de perdão feito por ele - a última chance de escapar.
"Tenho um medinho. Qualquer um que está aqui pode ser executado a qualquer hora", afirmou. Ele disse que soube pela imprensa sobre a aproximação de seu fuzilamento e acrescentou que, há cerca de um mês, foi procurado na prisão por um procurador que o fez assinar um papel sem timbre, o que não teria valor jurídico, segundo afirmou a Moreira o advogado da embaixada brasileira em Jacarta. "O procurador ainda brincou perguntando o que eu queria como último pedido - e pedi três garrafas de Chivas (uísque) e duas mulheres. Falei de brincadeira!" Na segunda-feira, o embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, disse não ter sido notificado da execução nem da recusa ao segundo pedido de clemência de Moreira. Pela lei local, é preciso notificar o país, o advogado de defesa e a família da decisão.
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