FONTE: DA EFE (www1.folha.uol.com.br).
Os hormônios sexuais masculinos podem justificar o fato dos homens viverem menos do que as mulheres, aponta um estudo publicado segunda-feira (24) no periódico "Current Biology", o qual mostra que os eunucos da corte imperial coreana viviam muito mais que seus congêneres não castrados.
Os cientistas coreanos Kyung-Jin Min e Cheol-Koo Lee chegaram a esta conclusão após analisarem os arquivos genealógicos da corte imperial da dinastia Chosun (1392-1910) e comprovar que os eunucos viviam de 14 a 19 anos a mais do que os homens que não haviam sido castrados.
"A descoberta apresenta uma importante pista para entendermos a diferença na expectativa de vida de uma mulher e de um homem", afirmou o biólogo Kyung, da Universidade de Inha, um dos autores do estudo.
Os 81 eunucos estudados eram submetidos voluntariamente à castração para terem acesso ao palácio, onde eles possuíam permissão para formar uma família com meninos castrados e meninas.
Além dos eunucos viverem mais, três deles (entre os estudados) chegaram a superar os 100 anos.
Segundo Cheol-Koo Lee, este fato não pode ser justificado simplesmente pela qualidade de vida que os mesmos levavam no palácio, já que a maioria dos eunucos passava tanto tempo fora como dentro desse recinto.
De fato, os reis e rapazes da família real tinham vidas mais curtas e, normalmente, não passavam dos quarenta anos, segundo o estudo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres atualmente vivem de seis a oito anos a mais que os homens nos países industrializados.
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