FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Nos próximos cinco anos, o crescimento brasileiro dependerá da expansão das economias das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Esta é a previsão do secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, que representou o governador Jaques Wagner, sexta-feira (28/9), em Recife (PE), no evento promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que teve como tema os desafios e perspectivas do Nordeste.
De acordo com Gabrielli, o Brasil tem uma oportunidade de se consolidar como um importante player no cenário internacional, pois além dos dez anos de política de inclusão social e expansão do mercado interno, agora possui duas frentes: a primeira advém de grandes investimentos, sobretudo da Petrobras, no setor de petróleo, gás e biocombustíveis, que por motivos geológicos e climáticos, deve concentrar os recursos no Sudeste brasileiro.
“O plano de investimento da Petrobras indica para os próximos cinco anos US$ 236,5 bilhões, o que vai na contramão da política de inserção regional”, pontua.
Por outro lado, a maturação desses investimentos requer tempo, e aí o Norte, Nordeste e Centro-Oeste serão fundamentais para sustentar o crescimento brasileiro, particularmente os setores da Construção Civil, Comércio e Serviços, o que já ocorrerá esse ano, com a tendência do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste superar o do Brasil em até cinco vezes.
“Nesse sentido, o mercado interno de massas como motor da economia tem limitações. E aí a sustentabilidade do desenvolvimento exige investimentos em logística e em novas estratégias que vão além das transferências intragovernamentais, a exemplo da criação de fundos garantidores de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e fundos de desenvolvimento regionais”, afirma Gabrielli, lembrando ainda que o Governo da Bahia criará um fundo garantidor de grandes projetos já em 2013, com recursos da ordem de R$ 280 milhões.
Crédito.
Os desembolsos do BNDES para a Bahia cresceram 78,6% entre 2007 e 2011, o que em termos nominais significou um salto de R$ 2,8 bilhões para R$ 5 bilhões por ano. Na região Nordeste este número foi ainda mais surpreendente, um incremento de 658% no período, o que significou uma escalada de R$ 3,43 bilhões para R$ 26 bilhões.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que esteve presente ao evento, destacou que isto é reflexo de uma política de melhor distribuição dos recursos, visto que a região Nordeste representa, historicamente, 13% do PIB nacional, com tendência de crescimento, mas em 2007 só recebia 5,3% do total financiado pela instituição. Em 2011 o percentual foi ampliado para 18,7%.
“Essa é uma política nacional de desenvolvimento regional dialoga com a partilha de royalties, a reestruturação das dívidas públicas dos estados e a criação de um fundo de desenvolvimento regional que irá além das ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, destaca o ministro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário