FONTE: DA AGÊNCIA BRASIL (www1.folha.uol.com.br).
O Instituto Oswaldo Cruz já realiza ensaios pré-clínicos em animais para verificar a eficiência da vacina contra a malária. Essa é a etapa necessária antes de iniciar testes em voluntários humanos, disse o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária, Cláudio Tadeu Daniel Ribeiro.
Os testes clínicos em humanos poderão começar a ser feitos em 2013, estima. Esta fase do projeto é complicada, por requerer infraestrutura específica.
Entre os requisitos estão o consentimento dos voluntários, conhecimento dos riscos, além de questões como biossegurança.
A ideia dos pesquisadores do IOC é chegar a uma vacina que possa, ao mesmo tempo, proteger contra a malária e a febre amarela.
"Estamos, de fato, pensando que seja possível vislumbrar simultaneamente testes em humanos, desde que eles tenham se mostrado promissores no modelo de primatas", diz Ribeiro.
AMAZÔNIA.
A região Amazônica concentra 99,8% dos casos de malária registrados anualmente no Brasil. E a incidência vem crescendo: no ano passado, o número de casos atingiu 263 mil, contra 320 mil, em 2010.
"Na Amazônia, eu digo que não é mais o mosquito que invade as casas do homem, como o mosquito da dengue. É o homem que invade a casa do mosquito, porque dentro da floresta, você não pode pretender eliminar o mosquito", explicou. A solução é reduzir a área de contato", completou.
Segundo ele, de 807 municípios amazônicos, 57 respondem por 80% dos casos de malária do Brasil, o que equivale a 7% das cidades da região.
Desse total, quatro municípios respondem por 25% dos casos. "Isso é um absurdo completo", destacou. Essas cidades estão concentradas nos estados do Amazonas, Pará, de Rondônia e do Acre. "As prefeituras não investem como deveriam", disse.
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